segunda-feira, 29 de setembro de 2014

MOTOCICLISTAS CONTRA ABUSO INFANTIL - INTERNACIONAL


MOTOCICLISTAS CONTRA ABUSO INFANTIL -  INTERNACIONAL
(BIKERS AGAINST CHILD ABUSE INTERNATIONAL - BACA)

MISSÃO BACA

Motociclistas contra o Abuso Infantil (BACA) existe com a intenção de criar um ambiente mais seguro para crianças abusadas. Nós existimos como um corpo de motociclistas para capacitar as crianças para não sentir medo do mundo em que vivem. Estamos prontos para dar apoio aos “nossos amigos feridos”, envolvendo-os com os já estabelecidos, uma organização unida. Trabalhamos em conjunto com as autoridades locais e estaduais que já estão no local para proteger as crianças. Queremos enviar uma mensagem clara para todos os envolvidos com a criança abusada que esta criança é parte de nossa organização, e que estamos dispostos a dar o nosso apoio físico e emocional a eles por afiliação, e nossa presença física. Estamos de prontidão para proteger essas crianças de outros abusos. Nós não toleramos o uso de violência ou força física, de qualquer maneira, no entanto, se surgirem circunstâncias de tal forma que somos o único obstáculo que impede uma criança de novos abusos, estamos prontos para ser esse obstáculo.

Como Trabalhamos

Bikers Against Child Abuse , Inc. ( BACA ) é organizado por uma pessoa central de contato para receber chamadas de agências que se referem e indivíduos. A reconhecida , agência autorizada com a qual a criança teve contato determina que a criança ainda está assustada com o seu ambiente. A agência de contatos representativos BACA , ou refere-se ao indivíduo entrar em contato com BACA , o nome e endereço da criança é dado ao nosso BACA com ligação a essa Criança. Nosso controle irá determinar que o caso é legítimo, o que significa que as autoridades foram contatadas , e o caso esta sendo verificado pelas autoridades competentes. Em contato com a da família um passeio inicial é organizada para atender a criança em sua casa ou em algum outro local. Todos os BACAS disponíveis da região ira ao passeio para conhecer a criança e a ela será dado um colete com um patch BACA costurado nas costas. A criança é livre para usar o colete ou não, e apoiamos sua decisão. Para a criança também são dados adesivos para carros e outros presentes que são geralmente doados pelo público em geral. Estas visitas iniciais geralmente duram cerca de meia hora. Após esse contato inicial, a criança recebe o nome e o número de telefone de dois membros BACA residentes geograficamente mais próximos a eles , que passam então a ser o principal contato da criança. Antes de se tornar um contato para a criança, os motociclistas são investigados para poderem participar, inclusive com um extensa pesquisa de antecedentes criminais e sociais, ter sido aprovado por pelo menos um ano , e ter recebido instruções especiais de um psicólogo . Sempre que a criança sente medo e sente a necessidade da presença de sua nova família BACA , a criança pode invocar estes motociclistas para ir para a casa da criança e fornecer as garantias necessárias para se sentir seguro e protegido. BACA membros e simpatizantes também podem ajudar essas crianças da seguinte forma: fornecer escoltas para eles se sentirem medo em seus bairros ; andar por suas casas em uma base regular , acompanhando as crianças ao forum; acompanhar seus depoimentos , e , ficar com as crianças se eles estiverem sozinhos ou assustados. Os membros BACA nunca irão para a casa da criança sozinhos e nunca sem o conhecimento ou permissão dos pais ou dos responsáveis. Nossa missão não é para uma fonte de poder para as acrianças. Nossa missão é ajudar as crianças e suas famílias a ter a sua própria coragem. Nossa presença estará disponível enquanto a criança precisar de nós. BACA também tem outras funções para as crianças , tais como churrascos e festas .

http://anjosmotociclistas.com.br/baca/

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

UMA EM CADA 10 MENINAS NO MUNDO SOFRE ABUSOS SEXUAIS, DIZ ESTUDO DA ONU


Foi divulgado recentemente o resultado do maior Estudo realizado pela Unicef, agência de defesa dos direitos da infância da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre violência infantil. O relatório, que inclui dados de 190 países,  revelou  que cerca de 120 milhões de meninas no mundo, quase uma em cada dez, foi estuprada ou vítima de abusos sexuais antes de completar 20 anos.

O relatório aponta ainda que a violência sexual contra crianças tem consequências em longo prazo, na medida em que pode criar obstáculos ao desenvolvimento físico, social e psicológico da vítima. Relaciona-se também aos malefícios do abuso a indução de comportamentos autodestrutivos, como a bulimia e a anorexia. Além de distúrbios psicológicos tais como a depressão, ataques de pânico, ansiedade e pesadelos. O texto também constata de forma alarmante que as crianças que sofreram abusos são mais propensas a cometer suicídio. Sendo que o risco é proporcional à gravidade do ato.

Além de elucidar a atual situação da violência infantil em todo o mundo  a  Unicef, a partir dos dados pesquisados,  recomenda seis estratégias para evitar a violência contra as crianças, entre esses:  "apoiar os pais e fornecer às crianças habilidades para a vida; mudar atitudes; reforçar os sistemas e serviços judiciais, criminais e sociais; e gerar exemplos e consciência sobre a violência e seus custos humanos e socioeconômicos, com o objetivo de mudar atitudes e normas".

E quanto a nós, cidadãos comuns, o que podemos fazer para contribuir com a mudança de atitude em relação à violência? Organizações de defesa de direitos humanos em todo o mundo tem contribuído de forma significativa  para mobilizar cidadãos para causas diversas por meio de campanhas que podem facilmente serem disseminadas pelas redes sociais. A exemplo dessas destacamos a importante campanha internacional “Stop Rape Now”( Pare o Estupro) que tem o objetivo de mobilizar a sociedade para parar o estupro e Violência de Gênero em Conflitos. A campanha une organizações e indivíduos em um esforço forte e coordenado para provocar mudança.
Segundo os organizadores da campanha;

Estupro em conflito não é um fenômeno novo. Mas com o aumento de dados advindos de pesquisas e a visibilidade na mídia, fica  clara a natureza generalizada da violência de gênero em todo o mundo. Estupro não é mais considerado uma parte inevitável do conflito armado, a evidência mostra que ele é empregado como uma arma estratégica para destruir pessoas, comunidades e nações inteiras”.

Ainda, segundo a Instituição, “Violência de gênero é uma arma tática utilizada pelas forças de segurança do Estado e de grupos armados da mesma forma. Ele inclui estupro, escravidão sexual, gravidez forçada, esterilização, mutilação genital e abuso sexual utilizando objetos. No direito internacional, estupro e violência de gênero são considerados um crime contra a humanidade, crimes de guerra e estupro pode ser um crime de genocídio”.

Os motivos para estupro relacionados com conflitos e violência de gênero são variados, vão do nível tático ao pessoal. Neste sentido, para os organizadores da campanha:“O estupro é muitas vezes usado para destruir os laços sociais e culturais das comunidades, estupro coletivo pode ser usado para criar coesão dentro das unidades do exército, ele pode ser usado para garantir o terror entre o inimigo ou durante saques. Estupro continua a ser frequentemente usado como uma arma após a negociação de paz, já que os vários lados nos conflitos lutam para desmobilizar e retomar suas vidas ao lado do outro, muitas vezes ainda temendo novos combates. A violência de gênero rasga o tecido social e continua a deixar um profundo impacto sobre os sobreviventes e comunidades nos anos após o ataque e conflito. Além de problemas médicos, como doenças sexualmente transmissíveis, ainda há o agravante do trauma psicológico”.

Os resultados da recente pesquisa demonstram que este é o tempo oportuno para reavivar a campanha que já circula pelo menos há 6 anos na mídia. Apesar da insistência dos ativistas em propagar a causa e sensibilizar as autoridades governamentais, membros da organização da campanha Internacional para parar o Estupro e Violência de Gênero em Conflitos expressaram a sua decepção com a Cúpula Global pelo Fim da Violência Sexual, organizada pelo governo do Reino Unido, que segundo eles, terminou com poucos resultados concretos capazes de provocar um impacto imediato.

Neste pronunciamento público, Leymah Gbowee, Prêmio Nobel da Paz e co-presidente da campanha declarou: "Estamos agindo por décadas. O que a sociedade civil quer é não falar mais, sabemos como é ruim lá fora, nós precisamos que os governos influenciem o fim da violência sexual.” E de forma contundente rebateu: "A violência sexual e estupro não surge apenas de condições de guerra; está diretamente relacionada com a violência que existe na vida das mulheres durante o tempo de paz. A militarização e a presença de armas legitima novos níveis de brutalidade e impunidade. Essa violência, infelizmente, continua em no pós-conflito”.

Fazemos nossas as palavras de Gbowee. O Ministério Filhas de Sara tem lutado para sensibilizar a sociedade e principalmente a Igreja sobre a importância de tomar uma atitude em relação aos frequentes abusos contra as mulheres. Sendo assim, consideramos pertinente nossa adesão e total apoio à campanha. Junte-se a nós e diga não à violência contra a mulher.
Conheça nosso projeto de acolhimento às meninas vítimas de casamento forçado e mutilação genital em Guiné-Bissau. Para maiores informações entre em contato conosco: claudia@maisnomundo.org.

Fontes:

http://www.stoprapeinconflict.org/campaign_disappointed_in_results_of_global_summit ;
http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKBN0H01GV20140905;

http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/uma-em-cada-10-meninas-no-mundo-sofre-abusos-sexuais; 
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/09/uma-em-cada-10-meninas-no-mundo-sofre-abusos-sexuais-diz-estudo-da-onu-4591826.html

domingo, 14 de setembro de 2014

VOGUE KIDS FAZ ENSAIO COM CRIANÇAS EM POSES SENSUAIS E PODE SER ACIONADA PELO MP



Pernas abertas, calcinha aparecendo, blusa levantada. Se fossem modelos adultas, estaríamos discutindo aqui no blog, mais uma vez, a objetificação do corpo mulheres. Mas são crianças e as fotos, do ensaio “Sombra e água fresca”, publicado pela revista Vogue Kids em setembro, praticamente falam por si.

“Muitas vezes quando pensamos em pedofilia imaginamos um tio pervertido ou em um cara se escondendo atrás de um computador, ou de algo escondido, secreto. Mas a gente não fala de uma cultura de pedofilia, que está exposta diariamente, onde a imagem das crianças é explorada de uma forma sexualizada.

A Vogue trouxe um ensaio na sua edição kids com meninas extremamente jovens em poses sensuais. Alguns podem dizer que é exagero. Que é pelo em ovo. Eu digo que enquanto a gente continuar a tratar nossas crianças dessa maneira, pedofilia não será um problema individual de um ‘tarado’ hipotético, e sim um problema coletivo, de uma sociedade que comercializa sem pudor o corpo de nossas meninas e meninos”, afirmou a roteirista Renata Corrêa, uma das primeiras a criticar publicamente a revista.

A arquiteta Tuca Petlik conta que ficou chocada quando viu a matéria. Foi ela quem tirou as fotos acima – editadas para preservar a identidade das meninas. “Como ninguém que trabalhou na matéria questionou? Produtor, maquiador, fotógrafo, diagramador, revisor, diretor de arte, editor de texto, direção… Ninguém se ligou que estava um pouco demais? Que dureza ver que ainda temos um caminho tão longo para percorrer em busca de uma sociedade que valorize a infância, que proteja nossas crianças, que não veja a mulher e seu corpo como mercadoria, que amplie os ‘modelos de beleza’. etc… É triste”. Tuca é mãe de Maya, de dois anos. “Como mulher, como mãe, como mãe de uma menina, eu sinto revolta”.

Yolanda Domínguez, artista plástica espanhola que já realizou performances no Brasil questionando a indústria da moda, afirma que “é alarmante a sexualização prematura a que as meninas são submetidas por meio de bonecas (Brads, Barbies…), desenhos animados e agora, a moda. Essas imagens possuem uma clara conotação sexual: meninas com pernas abertas, deitadas, levantando a camiseta ou trazendo um peixe para a boca. As meninas aprenderão que atitude se espera delas”. Yolanda, que é editora do site Strike the Pose, avalia que a Vogue cometeu um erro enorme e defende que a revista “deveria pedir desculpas imediatamente”.

Jornalista e analista de moda, Vivi Whiteman lembra que “a moda tem como regra trabalhar com meninas muito novas, que começam com seus 13 anos. Não sei quantos anos têm as moças das fotos, mas tenho certeza de que foram autorizadas pelos pais”. Para Vivi, a  moda não é exatamente o mais ético dos mundos e não tem pudores com nenhum tipo de sensualidade. “Ao longo dos anos temos grandes obras que abordam o tema da sexualidade infantil, de Freud a Nabokov. 

A questão é que num ensaio de moda feito para vender produtos e comportamento não há espaço para teoria, nem para discussão, nem para aprofundar nada. Não é questão de demonizar a revista, mas de fato é o caso de ampliar o debate sobre essa questão. Não é moralismo, mas a constatação de que essas imagens geram certas reações, elas não são neutras nem existem num universo ideal. Os pais precisam se colocar e parar de fingir que esse tema não existe. A revista é só mais um exemplo de um comportamento que está na mídia e também na educação”.

O blog apurou que algumas pessoas já fizeram denúncias ao Ministério Público e que instituições de defesa da criança e do adolescente preparam-se para uma ação coletiva. Mas segundo a Ferraz Assessoria de Imprensa, que cuida da conta da revista, até o momento não há nada a declarar porque “não chegou nenhuma notificação. Tudo o que existe são burburinhos na internet”.


FONTE: REVISTA CARTA CAPITAL

http://mairakubik.cartacapital.com.br/2014/09/11/vogue-kids-faz-ensaio-com-criancas-em-poses-sensuais-e-pode-ser-acionada-pelo-mp/