domingo, 22 de dezembro de 2013

Pesquisa mostra que crianças fumantes passivas chegam a 51%

Estudo sobre o tabagismo passivo revelou que 51% das crianças até 5 anos são consideradas fumantes passivas por causa do vício dos pais



São Paulo - Um estudo sobre o tabagismo passivo revelou que 51% das crianças até 5 anos são consideradas fumantes passivas por causa do vício dos pais. A pesquisa foi coordenada pelo diretor do Ambulatório de Drogas do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), João Paulo Lotufo.

Segundo a pesquisa, essas crianças desenvolvem mais otites, bronquites, rinites, asma e duas vezes mais morte súbita quando comparadas com as de pais não fumantes.
Segundo ele, a pesquisa foi feita com a urina do fumante e de alguém da família que não fuma quando foi constatada a presença de nicotina também no sangue dos fumantes passivos.
“O fumante passivo também corre o risco de dependência e de inflamação das mucosas. Todos os que têm tendência a desenvolver doenças como as otites, rinites, bronquites, asma, vão sofrer e ter mais problemas. Nesses casos a mucosa já é inflamada e com a fumaça isso piora muito”.
Ele destacou que muitos pais alegam que fumam fora de casa para não prejudicar os filhos, mas isso não adianta, pois o cheiro do cigarro fica no corpo e nas roupas do fumante e, consequentemente, as crianças acabam respirando isso. “Só o cheiro já é motivo de inflamação. Sem dúvida é melhor fumar fora, mas o ideal é parar de fumar. Pelo menos 305 de quem vem ao ambulatório para parar de fumar, tem como motivação os filhos”.
Lotufo observou que depois que São Paulo aprovou a Lei Antifumo houve diminuição dos casos de doenças cardiocirculatórias. “Infelizmente são só sete estados que tem essa lei em vigor. O Brasil ainda não é um ambiente livre de fumaça, mas a lei que abrange todo o país já foi aprovada, mas ainda não regulamentada. Estamos em um movimento para que ela ente em vigor o quanto antes”.
FONTE: REVISTA EXAME

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

DELEGACIA DA CRIANÇA E ADOLESCENTE VÍTIMA - DCAV/RJ INAUGURA BRINQUEDOTECA


Oferecer um atendimento humanizado às crianças vítimas de crimes é o principal objetivo da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV).

Para garantir esse direito aos menorese familiares que procuram a unidade foi inaugurada, nesta terça feira(10/12), a brinquedoteca da delegacia.

Segundo o delegado Marcelo Braga Maia, titular da especializada, esse era um projeto antigo da delegacia.

Essa brinquedoteca foi idealizada por mim quando percebia, por vezes, crianças acompanhando as mães, responsáveis, ou conselheiros tutelares, sem terem algo para brincar ou se divertir enquanto aguardavam  atendimento de seus familiares oudeles mesmos.

“Essa proposta, posso dizer até mesmo sonho, só foi possível graças ao apoio que recebemos da chefia de Polícia”, explicou ele.

A brinquedoteca foi instalada em uma sala da delegacia, funcionando atualmente na Rua Francisco Bicalho, 250, e conta com diversos brinquedos todos doado à unidade por policiais, amigos e familiares dos agentes.

As crianças serão monitoradas por uma assistente social que atua como atendente da DCAV.

Por enquanto só temos brinquedos, mas a ideia é colocar livros e uma televisão com DVD para distrair as crianças. O DVD já recebemos como doação também”, finalizou o delegado.


domingo, 15 de dezembro de 2013

TESTE ALERTA QUE CRIANÇA PODE SUMIR EM UM SEGUNDO DE DESCUIDO DOS PAIS


O Fantástico trouxe um alerta para os pais: não dá pra desgrudar o olho das crianças nem por um segundo. Na praia, no shopping lotado, é fácil um estranho se aproximar do seu filho e você nem perceber.

O Fantástico fez um teste que interessa a todas as famílias. Se os pais se descuidam, por um segundo que seja, um estranho pode levar uma criança embora. No shopping, na praia, onde for...

Um homem vai à praia e ao shopping, em São Paulo, com um objetivo: procurar crianças indefesas, que poderiam ser alvo de bandidos.

Sem parentes por perto, que risco elas correm?

Camily, do Rio de Janeiro, e João Rafael, do Paraná. Duas crianças desaparecidas. Nos dois casos, bastou um instante longe do cuidado de um parente pro pior acontecer.

Camily sumiu no ano passado, quando tinha 4 aninhos. Era 4 de novembro, um domingo, 8 horas da manhã. Camily e a avó estavam na frente da casa, sentadas, conversando. A avó entrou só pra pegar um remédio e voltou logo depois. A neta já não estava mais lá.

“Só tinha um sapatinho e uma bonequinha que ela estava brincando. Na minha cabeça, não se passou que eu deixasse ela aqui, um minuto, e ela ia sumir”, lembra Sandra Guedes de Sá,  avó de Camily.

João Rafael tem 2 anos. Está desaparecido há mais de três meses.
“Procurei ele, claro, e ele já tinha desaparecido. Foi muito rápido. Eu, mãe, eu acho que alguém está com ele”, afirma Lorena Conceição Santos, mae de João Rafael.

O sumiço de crianças também preocupa famílias que estão do outro lado do mundo. Malásia, sudeste asiático. Um homem se aproxima e entrega pirulitos. As crianças voltam pra perto dos pais e eles levam um susto. No doce, há um recado: "Em uma fração de segundo, seu filho pode ser atraído. Mantenha o olhar atento, antes que seja muito tarde".

O vídeo já foi visto na internet mais de 1,3 milhão de vezes, desde o mês passado. Ele foi feito por uma entidade que desenvolve projetos de segurança para crianças do mundo inteiro. Os pais eram atores. Mas as crianças não tinham sido avisadas do teste. Todas que apareceram no vídeo aceitaram o pirulito e conversaram com o homem que nunca tinham visto antes.

O Fantástico vai tentar reproduzir essas cenas. Só que agora, nós estamos atrás de casos reais, pra mostrar que um segundo de descuido é suficiente pra um estranho se aproximar.

Um garotinho, de quatro anos,  está sozinho, na porta da loja. A mãe está de costas. Não viu o que tinha acabado de acontecer.

Em outra situação, a criança está atrás de dois adultos. O menino, de 10 anos, guarda o doce. Ninguém percebe nada.

Em um shopping, na Zona Leste de São Paulo, mais uma garotinha está longe dos parentes. Ela sai pulando e só depois encontra a avó. Em duas horas, oito crianças foram abordadas, sem que as famílias percebessem.

O homem que ajudou o Fantástico nesse teste chama-se Rui Silva. Ele é educador e representante de um projeto que tenta evitar que crianças desapareçam.

“Do jeito que eu fui gentil, eu poderia usar de violência, segurá-lo, tapar a boca e levá-lo porque eu sou uma pessoa grande e forte. Você perde ele de vista e pode desaparecer pra sempre. Muito cuidado, mamãe”, alerta Rui Silva, educador do Projeto Anjos do Verão.

Mas o que fazer então?

“Tire sempre uma foto, na hora de sair de casa. Nem sempre, na hora do desespero, ela vai lembrar exatamente a roupa que ele estava. No caso agora, dessa época de compras intensas, traga um familiar, a vovó, um primo, alguém, para estar junto, olhando, pra que você possa fazer suas compras com sossego e ele, seguro. Nunca deixar a criança pra trás. Do lado, no mínimo. Sempre na frente e sempre falando em casa o que fazer, criando sempre um ponto de encontro, uma loja favorita, uma lanchonete favorita no shopping”, ensina o educador.

E na praia, nesses dias movimentados, será que é fácil um estranho se aproximar de uma criança desacompanhada?
Guarujá, litoral paulista. A menina, de 6 anos, sai da água sozinha e pega o doce. A mãe está sentada, de costas pro mar. Ela lê a mensagem e agradece o alerta.

Outro teste... Mais uma menina. E olha o perigo. O garoto - que estava com ela – corre e fala com o homem que ele nunca tinha visto antes. A família não percebeu nada.

“Tem que escalar alguém ou pra ficar acompanhando fisicamente ou com o olhar.  Não tirar o olho. Crianças que ainda não têm capacidade de memorização, abaixo de 6 anos: identificação na roupa, pulseira, tudo o que puder colocar, o telefone, o nome do papai e da mamãe. Crianças maiores, memorização e sempre ensinar um ponto de referência: um restaurante, um prédio, em frente à praia, algo que não saia do lugar, aí é importante e a criança vai memorizar”, diz Rui.

Hoje, Rui sabe o que fazer, mas 11 anos atrás ficou completamente perdido, quando o filho sumiu na praia lotada.

“Você pensa que afogou, pensa que está morto, que alguém sequestrou. Meio metro, um metro no meio da multidão, perde-se mesmo. É como se fosse uma agulha no palheiro. E durante 15 minutos, uma senhora encontrou. É uma experiência terrível”, lembra.

A chance de uma tragédia acontecer é menor quando o filho segue os conselhos dos pais.

Há muitas crianças desaparecidas. Algumas há vários anos. Os parentes fazer um apelo.

“Eu quero a minha neta, por favor. Alguém viu a minha neta, me devolve”, pede Sandra Guedes de Sá, avó de Camily.

“Que a pessoa que pegou ele, que nos devolva. Que entregue o nosso filho, por favor”, diz Lucas Kovalski, pai de João Rafael.

“O mais importante da minha vida é a vida dele. A vida dele”, desabafa Lorena Conceição Santos, mãe de João Rafael.



domingo, 8 de dezembro de 2013

“Eles me buscavam na escola”, diz garota vítima de exploração sexual

A rotina da estudante Giovana (nome fictício) mudou radicalmente aos 14 anos. 



A rotina da estudante Giovana (nome fictício) mudou radicalmente aos 14 anos.
De família pobre, da periferia de Manaus, ela foi tomada pela curiosidade ao ver uma amiga rodeada de presentes, dinheiro e carros.
Em pouco tempo, passou até a cabular aula para entrar na rede de exploração sexual.
Não demorou e passou a fazer de seis a sete programas por dia. E ela ainda nem havia completado 15 anos.
“Emendava um programa no outro. Não parava. Ganhávamos dinheiro muito fácil. Mas, como diz o ditado, tudo que vem fácil vai fácil”, disse a adolescente, hoje com 17 anos e, segundo ela, longe dos encontros sexuais.
Há um ano, a rede de exploração sexual da qual Giovana fazia parte foi desbaratada pela polícia em Manaus.
Agora, a Folha teve acesso a detalhes das investigações sobre a forma de atuação do esquema que servia a grupos de empresários e políticos do Amazonas e que recrutava garotas pobres, com idades a partir de 12 anos.
O Ministério Público ofereceu denúncia. A Justiça ainda analisa se abrirá processo.
O caso está sob sigilo no Tribunal de Justiça do Amazonas. Um cônsul, um prefeito e um deputado estadual estão entre os suspeitos de fazer parte do esquema.
“Às vezes no meio da aula eles [agenciadores] me avisavam sobre algum programa por mensagem de celular, então me buscavam na escola e me levavam até o local do encontro. Depois, me levavam de volta pra escola ou pra casa”, disse a menina.
IDENTIDADE
“Na média, num dia, podia ganhar R$ 2.000, R$ 3.000. Variava de R$ 300 a R$ 400 [cada programa]“, completa.
Segundo a garota, a maioria dos clientes sabia que ela não tinha 18 anos -quando necessário, diz, usava uma identidade falsificada.
A vida dela, conta, mudou de novo quando a rede veio à tona, em novembro de 2012.
Policiais foram até a casa dela para apreender computadores e celulares. “A reação da minha mãe foi péssima. Ela desmaiou, foi uma coisa muito horrível”, afirma.
Outros parentes de garotas ouvidos pela reportagem relataram semelhante reação quando o caso foi revelado.
Com medo, Giovana afirma que apagou seus perfis nas redes sociais e passou a fazer, também, um curso profissionalizante. Hoje sonha com uma universidade.
“Não falo com mais ninguém, perdi o contato com todos. Eu vi e revi o que eu fazia e agora faço diferente. Quero estudar e ter meu próprio negócio.”
Fonte:FSP

sábado, 30 de novembro de 2013

ONU: 60 MILHÕES DE MENINAS SÃO VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL NO CAMINHO DA ESCOLA TODOS OS ANOS


O Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, disse nesta segunda-feira (25) que a escalada de violência sexual e de gênero é “profundamente perturbadora”, apesar dos esforços da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e seus parceiros para combater esse abuso “hediondo” dos direitos humanos.
Os “16 Dias de Ativismo contra a Violência Sexual e de Gênero” começam nesta segunda-feira (25) e fazem parte de uma campanha internacional que reúne em um só pedido todos que lutam pelo fim da violência sexual e de gênero em todas as suas formas.
A campanha teve origem no primeiro Instituto de Liderança Global das Mulheres, em 1991. Este ano, o tema escolhido é “Segurança na Escola”.
Estima-se que 60 milhões de meninas em todo o mundo são vítimas de violência sexual em seu caminho para a escola todos os anos, por isso, o ACNUR pretende reunir meninos e meninas, professores, pais, comunidades e parceiros para encontrar soluções duradouras e baseadas na comunidade para prevenir a violência sexual e de gênero na escola.
“Sabemos que, ao adotar uma abordagem de gênero para serviços multissetoriais – por exemplo, através da construção de banheiros separados nas escolas ou da promoção da contratação de professoras, entre outras medidas –, podemos aumentar a segurança de meninas e meninos na escola”, disse Guterres.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ABUSO SEXUAL INFANTIL LIDERA ESTATÍSTICAS DO CONSELHO TUTELAR


Entre quatro paredes um crime silencioso deixa suas vítimas marcadas para sempre. O abuso sexual infantil encabeça as estatísticas do Conselho Tutelar de São João Batista, que registrou só no primeiro semestre do ano 21 casos. Esses são os números que chegam aos conselheiros já que esse tipo de crime pode ficar escondido por muitos anos.
Estudo do Ministério da Saúde aponta que a maior parte das agressões ocorre na residência da criança. Em relação ao meio utilizado para agressão, a força corporal ou espancamento foi o meio mais apontado. Em 45,6% dos casos o provável autor da violência era do sexo masculino. Grande parte dos agressores são pais e outros familiares, ou alguém do convívio muito próximo da criança e do adolescente, como amigos e vizinhos.
A conselheira tutelar, Simone Vargas, afirma que os índices registrados em São João Batista são elevados se considerado o número de habitantes. No município a maioria das vítimas são meninas. Os casos são descobertos geralmente através de denúncias e os encaminhamentos realizados em várias etapas para evitar um trauma ainda maior na criança.
“A gente busca deixar a criança ou adolescente confiante para mostrar que o Conselho está ali para ajudar. É uma situação muito complicada. Explicamos que estamos ali para proteger, que trabalhamos em sigilo e pedimos para que ele passe todas as informações. Em um caso de abuso, precisamos manter sigilo até para que a criança possa falar, explicar o que está acontecendo”, afirma.
Após as informações serem colhidas pelo Conselho Tutelar, à criança ou adolescente é encaminhada para Delegacia e um Boletim de Ocorrência é registrado. Uma das primeiras preocupações das autoridades nestes casos é na identificação do agressor. Caso seja alguém próximo à vítima, providências são tomadas para evitar o contato.
As marcas psicológicas da violência sexual contra crianças ou adolescentes são difíceis de serem apagadas e o acompanhamento de profissionais especializados é imprescindível. Elas também são encaminhadas para o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), que atende os menores que tiveram algum direito violado.
De acordo com Simone Vargas, entre as principais denúncias que o Conselho Tutelar de São João Batista recebe, o abuso sexual é praticado por um familiar. Ela diz que a violência é praticada em locais incomuns envolvendo ainda o circulo de amizade, nas escolas e casas de amigos. E a violência não precisa necessariamente de contato físico para ser caracterizada.
“Ela é configurada por duas ações. Quando acontece carícias ou o ato sexual com ou sem violência. E também pode ser caracterizada sem contato físico. É o abuso sexual verbal, que é a conversa sobre as atividades sexuais para despertar o interesse, exibicionismo, exibindo suas partes intimas para as crianças e adolescentes. São esses os casos que a gente mais atende aqui”, diz Simone.
As ameaças sofridas por crianças e adolescentes, dificultam a descoberta dos casos. Mas, existem alguns sinais que podem mostrar e podem ser observados pelos pais, professores ou outro cuidador da criança são: conhecimento ou comportamento sexual fora do esperado. Mudanças no comportamento como perda do apetite, pesadelos, medo de dormir, se afastar das atividades rotineiras.
A sociedade tem responsabilidade em denunciar os casos ao Conselho Tutelar. Qualquer pessoa pode ligar para o Disk 100, que é a Central que recebe todas as denúncias de violência contra a criança e o adolescente. Ao receber a denúncia são emitidos chamados para todos os órgãos envolvidos. O Conselho Tutelar tem até três dias para averiguar a situação. É garantido o anonimato. O cidadão também pode comunicar diretamente o Conselho de seu município/região:

FONTE: CLUBEI

http://clubei.com/noticias/reportagens/abuso-sexual-lideraestatisticas/

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

JOGO ONLINE ALERTA SOBRE PEDOFILIA NA INTERNET

O social game foi desenvolvido com o objetivo de orientar o público infantojuvenil a respeito das armadilhas das redes

Estudos sobre prática da pedofilia utilizando a internet como ferramenta, vêm crescendo no Brasil. Para afastar o perigo, que existe ao redor de crianças e adolescentes, o Ministério Público de Goiás (MPGO) lançou, na última quinta-feira (21), um jogo online que incentiva denúncias e combate aos casos de abuso e exploração sexual. A cada fase do game, os heróis precisam responder questionamentos que os fazem avançar no jogo, além de informar sobre riscos de exposição à rede de computadores. A medida alerta as autoridades brasileiras, à relevância de sempre incrementar políticas para atenuar as ocorrências criminosas nesta modalidade.
Segundo o MPGO, o jogo online, chamado também de social game, ensina crianças e adolescentes, de maneira inusitada, lúdica e interativa, os perigos oferecidos pela internet. A iniciativa é uma das estratégias desenvolvidas, desde 2011, pela campanha “Criança não é brinquedo”, do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (CAO), que faz parte do MPGO.
Em 2012, já como desdobramento do projeto, foi lançada a campanha “Perigo na Internet”, que alertava para riscos reais envolvendo crianças e adolescentes no mundo virtual. Na época, o MPGO usou como ferramenta de orientação algumas mídias alternativas, como por exemplo, publicidade em sacos de pães, com dicas e alertas.
Proposta
De acordo com o Ministério Público, o social game foi desenvolvido com o intuito de orientar o público infantojuvenil a respeito das armadilhas da internet. Além disso, estimular as vítimas a adotar comportamento mais seguro. A diversão conta a história de heróis que moram no mundo real, que são capturados e levados ao ciberespaço.
“A cada fase do jogo, os heróis precisam vencer desafios para voltar em segurança para casa. É uma proposta alusiva aos perigos que os menores correm ao acessar a internet ou de ter contatos em redes sociais com estranhos, que, nesta situação, são vilões da história”, explica Wesley Cesar, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do game e chefe do Núcleo de Publicidade e Marketing do MPGO.
A coordenadora do CAO da Infância, Karina D’Abruzzo, disse que o jogo integra um trabalho mais amplo de prevenção e incentivo ao combate à exploração sexual infantil. “Já fizemos ações voltadas para os pais, professores e, agora, a prevenção é para as crianças e adolescentes”, destaca. O número de acessos e as inovações sugeridas aos jogos serão analisadas para aprimoramento do game e acompanhamento da ação educativa, segundo D’Abruzzo.
Para acessar ao game social, totalmente gratuito, é preciso cadastrar um email, criar senha de acesso e, em seguida, encarar o desafio. Cada jogador escolhe seu avatar e, conforme o acesso, as informações do jogo ficam armazenadas. O melhor da brincadeira, coforme Cesar, é que os participantes podem interagir com amigos e compartilhar a brincadeira por meio das redes sociais. A diversão está disponível no site: www.perigosdanet.com.
 FONTE: DIÁRIO DA MANHÃ

terça-feira, 19 de novembro de 2013

19 DE NOVEMBRO: DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO DO ABUSO E VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS


Juntos, vamos criar uma cultura de prevenção

O abuso de crianças, em especial o abuso sexual, é um problema universal e alarmante e uma crescente atenção e medidas de proteção eficaz são necessárias na família, em nível nacional e internacional.

Depois de uma longa tradição de silêncio, o abuso sexual infantil está sendo cada vez mais denunciado e se tornando um assunto público e político.

Para alertar Governos e organizações da sociedade civil a desempenharem um papel mais ativo na promoção e respeito dos direitos da criança (artigo 19 e 34 * da Convenção sobre os Direitos da Criança), e contribuir para a prevenção do abuso de crianças que a WWSF lançou em 2000, o Dia Mundial de Prevenção do Abuso Infantil, um dia a ser comemorado todo 19 de novembro , em sinergia com o aniversário do Dia Internacional dos direitos da criança (20 de Novembro), que tem como objetivo ser um ponto em torno da questão do abuso infantil e da necessidade urgente de programas de prevenção eficazes.

Para tornar o dia um apelo de ação global, a WWSF lançou em 2001, uma coligação de ONG internacional que assinala o Dia Mundial com eventos e atividades relevantes para focalizar e aumentar a educação para a prevenção.

Por que uma união de ONGs para marcar o Dia Mundial da Prevenção do Abuso Infantil?

O principal objetivo da coligação de ONG é contribuir para a criação de uma cultura de prevenção de abuso e violência contra as crianças. Esta aliança global trabalha para conscientizar, mobilizar a opinião pública e ações, e divulgar os programas de prevenção.

Para se juntar à coaligação, os membros comprometem-se a assinalar o Dia com eventos locais e nacionais e atividades; mencionar o dia em suas publicações e em seus web sites; distribuir cartazes, programas educativos e de informação, criar parcerias com organizações locais que trabalham para a promoção e proteção dos direitos da criança, alerta a imprensa e estações de rádio, informar as autoridades locais da existência das atividades do dia e os governos para a proclamação oficial do dia como o Dia Nacional.

Em 2009, a união de ONGs internacionais, reuniu mais de 700 organizações em 125 países, que comemorou o dia com um ou mais atividades e eventos locais. As diferentes atividades são compilados em um relatório de impacto global, publicado no nosso site.

FONTE: FUNDAÇÃO ABRINQ


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

'É IMPORTANTE TRABALHAR NA PREVENÇÃO DO ABUSO INFANTIL'



No País com a missão de angariar fundos e firmar parcerias para sua ONG Childhood, rainha Silvia, da Suécia fala sobre a luta contra a exploração de menores e seu carinho pelo Brasil.

Filha de brasileira e alemão, a rainha Silvia, da Suécia, se sente em casa no Brasil. Natural, já que viveu aqui até os 13 anos. No País para temporada de um mês, a nobre se desdobra em uma agenda de compromissos. Maior deles? Buscar parcerias e angariar apoio para o braço brasileiro de sua World Childhood Foundation – ONG que trabalha na prevenção e no combate de abuso sexual infantil.

Segundo dados da Childhood Brasil, de janeiro a abril foram registradas 46.111 denúncias de violações de direitos de crianças e adolescentes – o que representa 35% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado. É nesse cenário que ela faz coro à causa: “É importante trabalhar na prevenção”, destacou a rainha, que recebeu a coluna na tarde de sexta-feira, no prédio da Camargo Corrêa. Rosana Camargo de Arruda Botelho, acionista da empresa, é a representante da ONG no Brasil.
Entre os projetos locais está a concretização de uma iniciativa da própria Silvia: a sala de depoimento. “Um lugar que ela possa reconhecer como dela. Tem brinquedos, bonecas… Presente, somente a psicóloga, que faz as perguntas necessárias”, explica. A primeira do Brasil foi instalada no Rio Grande do Sul.

Além do trabalho de filantropia, a rainha aproveitará para visitar seus parentes locais e matar a saudade das frutas brasileiras. Exemplos: “Jabuticaba e manga”. Afável e atenciosa, com um sorriso nos lábios, assegura, antes de terminar a conversa: “Meu coração é brasileiro”.
A seguir, os melhores momentos da entrevista real.

Como a senhora teve a ideia de criar a Childhood?

Foi em 1993, um momento difícil, em que tivemos um caso de pornografia infantil na Suécia. Na época, o caso chocou o país. Entretanto, o assunto era tabu. Ninguém tinha coragem de abordá-lo. Então, quando fui à Unesco, eles me pediram para falar sobre a situação da criança na Suécia, que é bastante boa, mas tem seus problemas. Pensei que, como rainha, poderia chamar a atenção para essas questões.

A senhora sempre teve essa preocupação?

Depois desse caso, senti que deveria falar sobre isso. Naquele tempo tampouco se falava de abuso sexual e pornografia infantil no Brasil.

Qual a essência do trabalho da Childhood?

Chamar a atenção para esse problema. No Brasil e em outros países. Porque os abusos existem em todo lugar e em todas as camadas sociais. Também procuramos ajudar projetos que já existem e necessitam de recursos. Não é fácil, para muitas organizações, conseguir trabalhar nesse setor.

Como a ONG escolhe parcerias e projetos para apoiar?

Atuamos na Suécia, Alemanha, EUA e Brasil. Aqui temos a Childhood Brasil, responsável por escolher os projetos. Recebo as propostas e trabalhamos em cooperação. Este ano, estamos apoiando dez projetos no Brasil e desenvolvendo projetos próprios, de forma contínua. Sempre em parceria com setores empresariais, a Justiça, os setores de turismo e construção civil. Nosso mais novo e importante projeto é a sala de depoimento.

O que é a sala de depoimento?

A situação de uma criança que sofreu abuso é muito difícil. E, às vezes, ela tem de contar essa história muitas vezes, o que é um processo doloroso. Tem de falar para os pais, médicos, policiais, juízes, assistentes sociais… Quando o abuso acontece com um familiar, a dor é ainda maior. Esse trauma é horrível. Essa sala de depoimento é um ambiente feito para a criança. Ela reconhece como dela: tem brinquedos e uma única pessoa – psicóloga – faz as perguntas. Do outro lado da sala – atrás de um vidro, a criança não vê – estão os profissionais que precisam das respostas para dar prosseguimento ao processo.

Tem funcionado?

Muito. Começamos na Suécia. A primeira sala de depoimento no Brasil foi instalada no Rio Grande do Sul. Depois, inaugurei uma no TJ de Recife. O governador, Eduardo Campos, foi muito aberto à ideia. Até o fim do ano serão 100 salas no Brasil. Em São Paulo já são 29.

Abuso de menores é questão interdisciplinar. Envolve assistência social, Justiça, polícia. No Brasil, muitos desses sistemas são frágeis.

Como é o espaço para uma ONG atuar?

É necessário falar sobre o assunto na escola, para trabalhar a prevenção e ajudar a criança em caso de denúncia. É essencial que a criança tenha coragem de denunciar. Porque, em muitos casos, ela é sozinha. A mãe, às vezes, também tem medo de falar, tem medo de que a segurança da família se quebre. Por isso a necessidade de apoio social. Nosso dever é estar junto e ajudar não só as vítimas, mas as pessoas que podem atuar como agentes sociais nesses casos.

Que porcentagem tem coragem de denunciar?

Sabemos que esse número é a ponta do iceberg – há muito mais casos. Mas as denúncias vêm crescendo desde que começamos a trabalhar, o que me deixa feliz. Este ano houve aumento de 35%, comparando com o mesmo período de 2012. Foram 46 mil registros.
A Childhood também tem um projeto que capacita caminhoneiros para serem embaixadores da causa e denunciar.

Como surgiu esse projeto?

A ONG viu o problema e firmou parcerias com as companhias de transporte. Fizeram workshops com caminhoneiros, para que eles se informassem sobre os direitos das crianças. Muitos não pensam que uma menina de 14 anos é uma criança. Por isso temos de falar a respeito. Eles se tornaram embaixadores e denunciam, se preciso.

No Brasil, as adolescentes estão expostas à sexualidade muito cedo. Como fazer um trabalho de prevenção?

A mídia tem seu papel. A criança vê filmes, lê sobre a vida de atores, artistas e, naturalmente, acha que é algo de que deve participar. A mídia deveria estar mais alerta e não fazer tanta propaganda que induza a criança nesse sentido. Porque ela tem o direito de ser criança.

Foi difícil para a senhora captar recursos por aqui?

Não. Todos sabem da gravidade e importância do problema. Aqui temos um grupo de empresários muito ativos, sempre presentes.

O que acha do governo Dilma nessa área?

Hoje foi um dia muito importante, porque o ministro Gilberto Carvalho mostrou preocupação com o problema e disposição para se unir a empresários. O governo faz muitas coisas, mas o Brasil é enorme. Fazer parcerias com as grandes companhias seria um bom caminho.

FONTE: SITE BOA INFORMAÇÃO / SONIA RACY E MARILIA NEUSTEIN


sábado, 9 de novembro de 2013

PEDOFILIA - ARTIGO DE CRISTINA SILVEIRA PARA O PORTAL BH DA MENINADA

ENVIADO POR ANA PORTUGAL


Após ler um anúncio chocante feito pela Associação de Psicologia  Americana (APA) em sua mais recente edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais,  que causou muita revolta entre organizações pró-família e muitos outros, pelo fato de que agora a dita associação está classificando a pedofilia como orientação ou preferência sexual em vez de desordem, resolvi pesquisar um pouco mais sobre o assunto.
O que é Pedofilia? Oficialmente, Pedofilia é o desvio sexual "caracterizado pela atração por crianças, com os quais os portadores dão vazão ao erotismo pela prática de obscenidades ou de atos libidinosos" Essa palavra vem do grego, onde “Pedo” significa criança e “ Filia” significa atração.

Segundo o DSM IV, tal distúrbio pode der identificado, se:

  1. Ao longo de um período mínimo de seis meses, fantasias sexualmente excitantes, recorrentes e intensas, impulsos sexuais ou comportamentos envolvendo atividade sexual com uma (ou mais de uma) criança pré-pubere (geralmente com idade inferior a 13 anos.
  2. As fantasias, os impulsos sexuais ou os comportamentos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional em outras áreas importantes da vida do individuo.
  3. O indivíduo tem no mínimo 16 anos e é pelo menos cinco anos mais velho do que a criança ou crianças no critério A. Nota: Não incluir um indivíduo no final da adolescência envolvido em um relacionamento sexual contínuo com uma criança com 12 ou 13 anos de idade.
  4. Especificar :

a)Atração sexual pelo sexo masculino
b)Atração sexual pelo sexo feminino
c)Atração sexual por ambos os sexos

Especificar se é restrita ao incesto

Especificar se :
a)Tipo exclusivo (atração apenas por crianças)
b) Tipo não exclusivo 

Em aproximadamente 25% dos casos, o pedófilo foi uma criança molestada.  As experiências de violência ou abuso sexual na infância correlacionam-se a perturbações psicológicas e comportamentais na vida adulta, especificamente sendo identificada a associação entre o abuso sexual de crianças e os distúrbios psiquiátricos como transtorno de estresse pós-traumático, transtornos do humor e transtornos psicóticos.
O pedófilo geralmente busca a companhia e a amizade de crianças a de adultos, procurando ser muito gentil e tenta agrada-las demasiadamente. Normalmente buscam ficar sempre perto delas e fotografa-las, presenteando-as sempre.
Para a maioria desses criminosos o planejamento se inicia horas, dias ou até meses antes da ação. Apesar de compreenderem que estão agindo fora da lei, racionalizam seu comportamento, convencendo-se de que não estão cometendo nenhum crime e de que seu comportamento é aceitável. O molestador de crianças convence a si mesmo de que a criança quer se relacionar sexualmente com ele, projetando nela os pensamentos e sentimentos que ele quer que ela tenha sobre ele. Ele interpreta a reação humana da vítima aos seus atos preparatórios e manipulatórios como resposta positiva aos seus desejos sexuais e se convence de que seu comportamento abusivo não causa estragos nem é prejudicial à criança.
Um importante aspecto associado aos molestadores de crianças é a psicopatia. A presença de psicopatia em pedófilos colabora para a expressão de insensibilidade afetiva, diminuição da capacidade empática e elevado comportamento antissocial. Vários estudos têm demonstrado que criminosos psicopatas apresentam histórico de violência gratuita, com atos extremos de violência, como sadismo, crueldade e brutalidade. O que vai caracterizar o pedófilo ou molestador com psicopatia é a manifestação de evidente crueldade na conduta sexual, centrada e modulada pela postura de indiferença à ideia do mal que comete, não expressando emoções quanto ao desvio nem ao fato de que o seu comportamento produz sofrimento. Sugere-se que esse tipo de agressor sexual experimenta o prazer não mais com o sexo, e sim com o sofrimento de sua vítima. 
A dificuldade no controle da compulsão se apresenta como o fator de maior vulnerabilidade para a ocorrência de condutas criminosas. Altos níveis de testosterona, incapacidade em manter relação conjugal estável, traumatismo crânio-encefálico, retardo mental, psicoses, abuso de álcool e substâncias psicoativas, reincidência de crimes sexuais e transtornos da personalidade são outros fatores conhecidos de vulnerabilidade para as condutas sexuais criminosas.
Acredita-se que a passagem da fantasia para a ação no caso dos pedófilos ocorre com maior frequência quando o indivíduo é exposto a estresse intenso, situações nas quais haja grande pressão psíquica, como discussão conjugal importante, demissão, aposentadoria compulsória etc.
Nesse caso, quando envolvidos com atos ilícitos, a expressão do comportamento criminoso dos pedófilos permite diferenciá-los em dois tipos: os abusadores e os molestadores. Os abusadores caracterizam-se principalmente por atitudes mais sutis e discretas no abuso sexual, geralmente se utilizando de carícias, visto que em muitas situações a vítima não se vê violentada. Já os molestadores são mais invasivos, menos discretos e geralmente consumam o ato sexual contra a criança.
Resumindo.... os pedófilos são pessoas frias, insensíveis ao sofrimento da criança, com traços psicopatas. Portanto, as crianças estarão COMPLETAMENTE indefesas se ficarem a mercê desse doente mental e cruel. A crueldade é tamanha, que  muitas  vezes ela é levada a acreditar, que foi culpada pelo abuso praticado pelo criminoso.
Portanto, famílias, pais, responsáveis, professores e todos os adultos que se sentirem responsáveis pela proteção da Infância, se atentem! Protejam nossas crianças e participem desse processo!
Cristina Silveira é psicanalista, psicopedagoga e educadora,
especialista em neuropsicopedagogia, arte-terapia e psicologia do trabalho. Tem formação em educação inclusiva (TDAH, autismo, Síndrome de Down) e atualização em artes plásticas e saúde mental. Idealizadora do Movimento Resgatando a Infância.