sábado, 15 de novembro de 2014

CHILDHOOD BRASIL LANÇA GUIA PARA CAPACITAÇÃO EM DEPOIMENTO ESPECIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O livro-guia é destinado à capacitação dos vários profissionais envolvidos na escuta de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. 



O livro-guia é destinado à capacitação dos vários profissionais envolvidos na escuta de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. 

A Childhood Brasil, em parceria com o Tribunal de Justiça de São Paulo, promoveu o seminário “A ‘escuta’ de crianças e adolescentes em situação de violência sexual: diretrizes para consolidação de uma política pública do Estado Brasileiro”, que aconteceu no auditório do Gade MMDC.

No encontro, Ana Maria Drummond, Diretora Executiva da Childhood Brasil, anunciou o lançamento do Guia de Referência em Escuta Especial de Crianças e Adolescentes em Situação de Violência Sexual: Aspectos Teóricos e Metodológicos, uma importante conquista para a capacitação dos vários profissionais que realizam a escuta nas salas de depoimento especial.

Estes espaços proporcionam sensação de acolhimento às crianças para que os depoimentos da situação vivenciada sejam menos traumáticos. Nesse processo, é importante a presença de um profissional capacitado para realizar a entrevista forense.

Além dos danos já vivenciados, a criança passa por um estado de grande estresse psicológico quando a entrevista não considera que ela está em condição peculiar de desenvolvimento. Procedimentos de escuta especial já são adotados em 28 países e, no Brasil, aproximadamente 100 salas tem estrutura para esse tipo de entrevista. Só em São Paulo, são 24 salas de depoimento especial.

“O Guia de Referência em Escuta Especial de Crianças e Adolescentes é um material chave para a capacitação dos profissionais envolvidos na escuta. Estamos muito orgulhosos do resultado desse trabalho que envolveu dezenas de especialistas durante dois anos de pesquisas e dedicação”, afirma Ana Maria Drummond.

FONTE: CHILDHOOD BRASIL

http://www.childhood.org.br/childhood-brasil-lanca-guia-para-capacitacao-em-depoimento-especial-de-criancas-e-adolescentes





domingo, 9 de novembro de 2014

RELATÓRIO DA UNICEF: PROVAS DE VIOLÊNCIA GENERALIZADA CONTRA AS CRIANÇAS “OBRIGAM-NOS A AGIR”

De acordo com novos dados apresentados ontem pelas Nações Unidas, a violência contra as crianças é universal, é tão prevalente e profundamente enraizada nas sociedades que freqüentemente não a vêm e aceitam-na como norma.

O novo relatório do fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF),Hidden in plain sight: A statistical analysis of violence against children (“Escondida em plena vista: Uma análise estatística da violência contra as crianças”), baseia-se nos dados de 190 países de forma a procurar esclarecer uma questão que tem permanecido pouco documentada.
O relatório revela que duas em cada três crianças no mundo com idades compreendidas em os 2 e os 14 anos (quase mil milhões) estão sujeitas a maus-tratos físicos pelas pessoas que cuidam delas. No entanto, apenas um terço dos adultos em todo o mundo acredita que o castigo físico é necessário para dar uma boa criação ou educação às crianças.
Susan Bissell, Chefe da proteção infantil na UNICEF disse em entrevista que os dados essenciais mostram que “se neste momento há um aspecto comum da sociedade humana, é o fato de que se comete enorme violência contra as crianças”.
“É no entanto importante que não fiquemos com a mensagem de que há violência em toda a parte, que vivemos num mundo horrível, mas devemos lembrar que existem soluções já experimentadas e avaliadas”, disse.
Embora o relatório contenha dados sobre violência física, emocional e sexual, cometida em contextos onde as crianças se devem sentir seguras, como sendo as suas comunidades, escolas e lares, existe uma limitação fundamental na documentação de violência contra as crianças.
Os dados incluem novos números sobre violência disciplinar - que é a forma mais comum de violência contra as crianças assim como a violência contra as raparigas -   classificações gerais para abuso físico e sexual. O relatório também analisa as taxas de homicídios – uma das principais causas de morte dos jovens adolescentes do sexo masculino.
De fato, um quinto das vítimas de homicídio consiste geralmente de crianças e adolescentes menores de 20 anos, resultando em cerca de 95 mil mortes em 2012, e um pouco mais de um em cada três estudantes de idades compreendidas entre os 13 e os 12 em todo o mundo sofre de bulliyng na escola.
“Violência gera violência. Sabemos que uma criança que sofre de abusos está mais susceptível a olhar para a violência como algo normal, e até mesmo aceitável e certamente estará mais pré disposta a perpetuar no futuro atos de violência contra os seus ou as suas próprias crianças”, afirmou o Diretor Executivo da UNICEF, Anthony Lake.
 As percepções sobre a violência incluindo números chocantes sobre as opiniões das crianças e relutância em denunciar o abuso também foram denunciadas. Portanto, a mudança de atitudes relativas à violência contra as crianças começa com a educação. O relatório é uma oportunidade para entrar no domínio público e dizer “agora vocês têm que fazer algo”, afirmou a Chefe da proteção infantil na UNICEF.
“Mudança social, atitudes positivas de rapazes e raparigas e posteriormente de gêneros levam algum tempo a ser mudadas, mas podemos ver mais rapidamente mudanças dos que antes, pelo menos com o advento das redes sociais e do uso de abordagens mais inovativas e criativas, afirmou Bissel.
Os afeitos da violência contra as crianças pode durar uma vida, da mesma forma que a exposição à violência pode alterar o desenvolvimento do cérebro de uma criança, saúde emocional e física. A violência também é transmitida de uma geração para a outra. Mas a violência não é inevitável; pode ser prevenida.
“A violência contra as crianças ocorre todos os dias, em todo o lado [mas] não é inevitável. É passível de prevenção, se não deixarmos a violência prevalecer nas sombras”, afirmou o Diretor Executivo da UNICEF. “As provas deste relatório levam-nos a agir, para o bem dessas crianças e para a força futura das sociedades em todo o mundo”.
A UNICEF aposta em seis estratégias para capacitar a sociedade como um todo, das famílias aos Governos, para prevenir e reduzir a violência contra as crianças. Incluem apoio parental e equipar crianças com habilidades para a vida, a mudança de atitudes, reforço judicial, criminal e dos sistemas e serviços sociais, e a criação de mecanismos de recolha de provas e a consciencialização sobre a violência e sobre os custos socioeconômicos, de modo a mudar as atitudes e as normas.
05 de Setembro de 2014, Centro de Notícias/traduzido e editado por UNRIIC


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

LIVRO VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA MENINOS - TEORIA E INTERVENÇÃO


Embora a violência sexual contra crianças e adolescentes seja um assunto muito discutido atualmente, pouco se sabe sobre sua ocorrência contra meninos. A maioria das informações disponíveis ainda é sobre vítimas do sexo feminino. No presente livro a violência sexual contra meninos é abordada por meio da articulação entre teorias, pesquisas e a prática profissional, fornecendo ao leitor um panorama completo sobre o assunto. A obra contempla seis capítulos nos quais os autores abordam primeiramente a definição, os dados epidemiológicos, as características da violência sexual contra meninos, o percurso histórico da violência sexual contra crianças e adolescentes e a atenção dada aos casos contra meninos. Na sequência são abordadas a dinâmica da violência sexual contra crianças e adolescentes e sua aplicação para casos contra meninos e as consequências da violência sexual para meninos e homens vítimas. Por fim, fala-se sobre as redes de proteção e de atendimento e atuação profissional nos casos de meninos vítimas e sobre o Programa Superar de intervenção psicológica para meninos vítimas de violência sexual. Os profissionais que lidam com a violência sexual contra meninos devem possuir capacitação para o manejo dessas situações. Para tanto, faz-se necessário o conhecimento das peculiaridades dessa violência, bem como as intervenções mais indicadas nesses casos.

Editora Juruá

ABAIXO ASSINADO: AJUDEM-ME A TIRAR MINHA FILHA DE 7 ANOS DAS MÃOS DO SEU VIOLADOR!

Abaixo-assinado por

West Palm Beach, Estados Unidos

Preciso de ajuda e não sei mais a quem recorrer. Nunca imaginei que a justiça fosse capaz de arrancar de meus braços e entregar a minha filha Amy Katrin, de apenas 7 anos, ao homem que a violentou, seu próprio pai biológico. Por mais abusurdo que isso pareça, é a situação que eu vivo hoje.

A justiça dos Estados Unidos, onde eu moro há mais de 10 anos, determinou que meu ex-marido tivesse a guarda total dela. Agora, além de tudo, eu tenho que pagar pensão alimentícia para o violador da minha filha.
Esse homem é fichado como um agressor sexual de menores no estado da Florida, inclusive tem o cadastro dele no site de segurança pública do estado, pelo abuso da enteada em 1995. Quando estava grávida, sofri violência doméstica e fiquei desesperada quando descobri isso e constatei que havia me casado com um monstro. Permanecendo separada, desde então.

Descobri e reportei o abuso dia 8 de agosto de 2010, dias antes do aniversário de 3 anos de Amy, após ela retornar de uma visitação sem supervisão ordenada pela própria justiça na finalização do divórcio.  Quando o caso criminal foi fechado, em julho de 2011, e ordenaram que as visitações recomeçassem, como se nada houvesse acontecido, fugi para o Texas com o único intuito de proteger a minha filha. Reconstruimos nossas vidas e fomos felizes por quase 3 anos. Na manhã do dia 16 de janeiro de 2014, fui detida pela justiça do Texas, no momento em que deixava a minha filha na escola, acusada de descumprir ordem judicial e sair do estado da Florida sem autorização. Fiquei presa 23 dias, enquanto isso Amy ficou com uma família temporária, sendo entregue para o seu violador, no dia 3 de abril do mesmo ano.

Passei mais de 5 meses sem ver e/ou ter notícias de minha filha. Estou desesperada. Preciso levar meu caso à público para conseguir reverter a decisão da justiça e recuperar a guarda da Amy. Não consigo nem imaginar a minha filhinha todos os dias e noites sozinha com o homem que a violentou. Por favor me ajudem, assinando e comparilhando a minha história com todos que vocês conhecem.

O consulado e a embaixada brasileira nos EUA prometeram me ajudar mas não fizeram nada! Eu sei que com uma pressão diplomática e apoio legal, eu posso conseguir uma revisão do inquérito e recuperar a guarda da minha filha.

Assinem para pressionar a embaixada do Brasil nos EUA e o Itamaraty. Se quiser acompanhar minha luta mais de perto, curta essa página no Facebookcriada para divulgar novidades sobre o meu caso:

Para: 

Exmo. Sr. Embaixador Mauro Vieira, Embaixada do Brasil em Washington-DC 
Ministério das Relações Exteriores - Ofício n.2627/2014-GP/GAB/GESTÃO/DGI, Presidência da República Federativa do Brasil 
Conta de Comunicações SERE, Itamaraty - Ministério das Relações Exteriores 
Secretaria Divisão de Assistência Consular, Itamaraty 
Assessoria de Imprensa, Itamaraty 
Leticia Borges dos Santos, Itamaraty - Divisão de Assistência Consular 
Luiz Guilherme Costa Koury, Consulado-Geral do Brasil em Miami 
Mario Saade - Cônsul Geral do Brasil em Houston, Consulado-Geral do Brasil em Houston 
Rafaela Pinto Guimarães Ventura, Itamaraty - Divisão de Assistência Consular 
Roberto Ardenghy, Consulado-Geral do Brasil em Houston 
Exmo. Sr. Luiz Alberto Figueiredo Machado (Minstério das Relações Exteriores), Minstério das Relações Exteriores 

(English version below) Meu ex-marido abusou da nossa filha de 7 anos quando ela tinha apenas 3 anos de idade. Tentando fugir deste pedófilo, eu fui com a minha filha para o Texas onde fui presa, acusada de sair do estado da Florida sem autorização. A justiça então entregou a pequena Amy Katrin para seu pai biológico, Patrick Joseph Galvin, um agressor sexual registrado no site de segurança...
pública da Florida: 

Estou desesperada. Preciso de ajuda urgente para a justiça da Florida rever meu processo e tirar a guarda da minha filha Amy Katrin das mãos deste homem. Peço que façam o possível para me ajudar a ter justiça. 

----------

My ex-husband Patrick Joseph Galvin sexually abused our 7 year old daughter when she was just 3 years-old. Now he has totally custody of her. When I found out he was abusing her, I tried to run away from this pedophyle, going to Texas with my daughter. There I was accused of leaving the state of Florida without authorization, and jailed. The court then handed over my daughter Amy Katrin to her father Patrick Joseph Galvin, a registered sex offender in Florida: 

I'm desperate. I need urgent help to get the Florida court to review my case and save Amy Katrin from the hands of this man. Please do whatever is possible to help me get justice and save my daughter.

Atenciosamente, 
[Seu nome]

http://www.change.org/p/ajudem-me-a-tirar-minha-filha-de-7-anos-das-m%C3%A3os-do-seu-violador?utm_campaign=friend_inviter_chat&utm_medium=facebook&utm_source=share_petition&utm_term=permissions_dialog_false&share_id=EdLXLwzrpb





segunda-feira, 29 de setembro de 2014

MOTOCICLISTAS CONTRA ABUSO INFANTIL - INTERNACIONAL


MOTOCICLISTAS CONTRA ABUSO INFANTIL -  INTERNACIONAL
(BIKERS AGAINST CHILD ABUSE INTERNATIONAL - BACA)

MISSÃO BACA

Motociclistas contra o Abuso Infantil (BACA) existe com a intenção de criar um ambiente mais seguro para crianças abusadas. Nós existimos como um corpo de motociclistas para capacitar as crianças para não sentir medo do mundo em que vivem. Estamos prontos para dar apoio aos “nossos amigos feridos”, envolvendo-os com os já estabelecidos, uma organização unida. Trabalhamos em conjunto com as autoridades locais e estaduais que já estão no local para proteger as crianças. Queremos enviar uma mensagem clara para todos os envolvidos com a criança abusada que esta criança é parte de nossa organização, e que estamos dispostos a dar o nosso apoio físico e emocional a eles por afiliação, e nossa presença física. Estamos de prontidão para proteger essas crianças de outros abusos. Nós não toleramos o uso de violência ou força física, de qualquer maneira, no entanto, se surgirem circunstâncias de tal forma que somos o único obstáculo que impede uma criança de novos abusos, estamos prontos para ser esse obstáculo.

Como Trabalhamos

Bikers Against Child Abuse , Inc. ( BACA ) é organizado por uma pessoa central de contato para receber chamadas de agências que se referem e indivíduos. A reconhecida , agência autorizada com a qual a criança teve contato determina que a criança ainda está assustada com o seu ambiente. A agência de contatos representativos BACA , ou refere-se ao indivíduo entrar em contato com BACA , o nome e endereço da criança é dado ao nosso BACA com ligação a essa Criança. Nosso controle irá determinar que o caso é legítimo, o que significa que as autoridades foram contatadas , e o caso esta sendo verificado pelas autoridades competentes. Em contato com a da família um passeio inicial é organizada para atender a criança em sua casa ou em algum outro local. Todos os BACAS disponíveis da região ira ao passeio para conhecer a criança e a ela será dado um colete com um patch BACA costurado nas costas. A criança é livre para usar o colete ou não, e apoiamos sua decisão. Para a criança também são dados adesivos para carros e outros presentes que são geralmente doados pelo público em geral. Estas visitas iniciais geralmente duram cerca de meia hora. Após esse contato inicial, a criança recebe o nome e o número de telefone de dois membros BACA residentes geograficamente mais próximos a eles , que passam então a ser o principal contato da criança. Antes de se tornar um contato para a criança, os motociclistas são investigados para poderem participar, inclusive com um extensa pesquisa de antecedentes criminais e sociais, ter sido aprovado por pelo menos um ano , e ter recebido instruções especiais de um psicólogo . Sempre que a criança sente medo e sente a necessidade da presença de sua nova família BACA , a criança pode invocar estes motociclistas para ir para a casa da criança e fornecer as garantias necessárias para se sentir seguro e protegido. BACA membros e simpatizantes também podem ajudar essas crianças da seguinte forma: fornecer escoltas para eles se sentirem medo em seus bairros ; andar por suas casas em uma base regular , acompanhando as crianças ao forum; acompanhar seus depoimentos , e , ficar com as crianças se eles estiverem sozinhos ou assustados. Os membros BACA nunca irão para a casa da criança sozinhos e nunca sem o conhecimento ou permissão dos pais ou dos responsáveis. Nossa missão não é para uma fonte de poder para as acrianças. Nossa missão é ajudar as crianças e suas famílias a ter a sua própria coragem. Nossa presença estará disponível enquanto a criança precisar de nós. BACA também tem outras funções para as crianças , tais como churrascos e festas .

http://anjosmotociclistas.com.br/baca/

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

UMA EM CADA 10 MENINAS NO MUNDO SOFRE ABUSOS SEXUAIS, DIZ ESTUDO DA ONU


Foi divulgado recentemente o resultado do maior Estudo realizado pela Unicef, agência de defesa dos direitos da infância da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre violência infantil. O relatório, que inclui dados de 190 países,  revelou  que cerca de 120 milhões de meninas no mundo, quase uma em cada dez, foi estuprada ou vítima de abusos sexuais antes de completar 20 anos.

O relatório aponta ainda que a violência sexual contra crianças tem consequências em longo prazo, na medida em que pode criar obstáculos ao desenvolvimento físico, social e psicológico da vítima. Relaciona-se também aos malefícios do abuso a indução de comportamentos autodestrutivos, como a bulimia e a anorexia. Além de distúrbios psicológicos tais como a depressão, ataques de pânico, ansiedade e pesadelos. O texto também constata de forma alarmante que as crianças que sofreram abusos são mais propensas a cometer suicídio. Sendo que o risco é proporcional à gravidade do ato.

Além de elucidar a atual situação da violência infantil em todo o mundo  a  Unicef, a partir dos dados pesquisados,  recomenda seis estratégias para evitar a violência contra as crianças, entre esses:  "apoiar os pais e fornecer às crianças habilidades para a vida; mudar atitudes; reforçar os sistemas e serviços judiciais, criminais e sociais; e gerar exemplos e consciência sobre a violência e seus custos humanos e socioeconômicos, com o objetivo de mudar atitudes e normas".

E quanto a nós, cidadãos comuns, o que podemos fazer para contribuir com a mudança de atitude em relação à violência? Organizações de defesa de direitos humanos em todo o mundo tem contribuído de forma significativa  para mobilizar cidadãos para causas diversas por meio de campanhas que podem facilmente serem disseminadas pelas redes sociais. A exemplo dessas destacamos a importante campanha internacional “Stop Rape Now”( Pare o Estupro) que tem o objetivo de mobilizar a sociedade para parar o estupro e Violência de Gênero em Conflitos. A campanha une organizações e indivíduos em um esforço forte e coordenado para provocar mudança.
Segundo os organizadores da campanha;

Estupro em conflito não é um fenômeno novo. Mas com o aumento de dados advindos de pesquisas e a visibilidade na mídia, fica  clara a natureza generalizada da violência de gênero em todo o mundo. Estupro não é mais considerado uma parte inevitável do conflito armado, a evidência mostra que ele é empregado como uma arma estratégica para destruir pessoas, comunidades e nações inteiras”.

Ainda, segundo a Instituição, “Violência de gênero é uma arma tática utilizada pelas forças de segurança do Estado e de grupos armados da mesma forma. Ele inclui estupro, escravidão sexual, gravidez forçada, esterilização, mutilação genital e abuso sexual utilizando objetos. No direito internacional, estupro e violência de gênero são considerados um crime contra a humanidade, crimes de guerra e estupro pode ser um crime de genocídio”.

Os motivos para estupro relacionados com conflitos e violência de gênero são variados, vão do nível tático ao pessoal. Neste sentido, para os organizadores da campanha:“O estupro é muitas vezes usado para destruir os laços sociais e culturais das comunidades, estupro coletivo pode ser usado para criar coesão dentro das unidades do exército, ele pode ser usado para garantir o terror entre o inimigo ou durante saques. Estupro continua a ser frequentemente usado como uma arma após a negociação de paz, já que os vários lados nos conflitos lutam para desmobilizar e retomar suas vidas ao lado do outro, muitas vezes ainda temendo novos combates. A violência de gênero rasga o tecido social e continua a deixar um profundo impacto sobre os sobreviventes e comunidades nos anos após o ataque e conflito. Além de problemas médicos, como doenças sexualmente transmissíveis, ainda há o agravante do trauma psicológico”.

Os resultados da recente pesquisa demonstram que este é o tempo oportuno para reavivar a campanha que já circula pelo menos há 6 anos na mídia. Apesar da insistência dos ativistas em propagar a causa e sensibilizar as autoridades governamentais, membros da organização da campanha Internacional para parar o Estupro e Violência de Gênero em Conflitos expressaram a sua decepção com a Cúpula Global pelo Fim da Violência Sexual, organizada pelo governo do Reino Unido, que segundo eles, terminou com poucos resultados concretos capazes de provocar um impacto imediato.

Neste pronunciamento público, Leymah Gbowee, Prêmio Nobel da Paz e co-presidente da campanha declarou: "Estamos agindo por décadas. O que a sociedade civil quer é não falar mais, sabemos como é ruim lá fora, nós precisamos que os governos influenciem o fim da violência sexual.” E de forma contundente rebateu: "A violência sexual e estupro não surge apenas de condições de guerra; está diretamente relacionada com a violência que existe na vida das mulheres durante o tempo de paz. A militarização e a presença de armas legitima novos níveis de brutalidade e impunidade. Essa violência, infelizmente, continua em no pós-conflito”.

Fazemos nossas as palavras de Gbowee. O Ministério Filhas de Sara tem lutado para sensibilizar a sociedade e principalmente a Igreja sobre a importância de tomar uma atitude em relação aos frequentes abusos contra as mulheres. Sendo assim, consideramos pertinente nossa adesão e total apoio à campanha. Junte-se a nós e diga não à violência contra a mulher.
Conheça nosso projeto de acolhimento às meninas vítimas de casamento forçado e mutilação genital em Guiné-Bissau. Para maiores informações entre em contato conosco: claudia@maisnomundo.org.

Fontes:

http://www.stoprapeinconflict.org/campaign_disappointed_in_results_of_global_summit ;
http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKBN0H01GV20140905;

http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/uma-em-cada-10-meninas-no-mundo-sofre-abusos-sexuais; 
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/09/uma-em-cada-10-meninas-no-mundo-sofre-abusos-sexuais-diz-estudo-da-onu-4591826.html

domingo, 14 de setembro de 2014

VOGUE KIDS FAZ ENSAIO COM CRIANÇAS EM POSES SENSUAIS E PODE SER ACIONADA PELO MP



Pernas abertas, calcinha aparecendo, blusa levantada. Se fossem modelos adultas, estaríamos discutindo aqui no blog, mais uma vez, a objetificação do corpo mulheres. Mas são crianças e as fotos, do ensaio “Sombra e água fresca”, publicado pela revista Vogue Kids em setembro, praticamente falam por si.

“Muitas vezes quando pensamos em pedofilia imaginamos um tio pervertido ou em um cara se escondendo atrás de um computador, ou de algo escondido, secreto. Mas a gente não fala de uma cultura de pedofilia, que está exposta diariamente, onde a imagem das crianças é explorada de uma forma sexualizada.

A Vogue trouxe um ensaio na sua edição kids com meninas extremamente jovens em poses sensuais. Alguns podem dizer que é exagero. Que é pelo em ovo. Eu digo que enquanto a gente continuar a tratar nossas crianças dessa maneira, pedofilia não será um problema individual de um ‘tarado’ hipotético, e sim um problema coletivo, de uma sociedade que comercializa sem pudor o corpo de nossas meninas e meninos”, afirmou a roteirista Renata Corrêa, uma das primeiras a criticar publicamente a revista.

A arquiteta Tuca Petlik conta que ficou chocada quando viu a matéria. Foi ela quem tirou as fotos acima – editadas para preservar a identidade das meninas. “Como ninguém que trabalhou na matéria questionou? Produtor, maquiador, fotógrafo, diagramador, revisor, diretor de arte, editor de texto, direção… Ninguém se ligou que estava um pouco demais? Que dureza ver que ainda temos um caminho tão longo para percorrer em busca de uma sociedade que valorize a infância, que proteja nossas crianças, que não veja a mulher e seu corpo como mercadoria, que amplie os ‘modelos de beleza’. etc… É triste”. Tuca é mãe de Maya, de dois anos. “Como mulher, como mãe, como mãe de uma menina, eu sinto revolta”.

Yolanda Domínguez, artista plástica espanhola que já realizou performances no Brasil questionando a indústria da moda, afirma que “é alarmante a sexualização prematura a que as meninas são submetidas por meio de bonecas (Brads, Barbies…), desenhos animados e agora, a moda. Essas imagens possuem uma clara conotação sexual: meninas com pernas abertas, deitadas, levantando a camiseta ou trazendo um peixe para a boca. As meninas aprenderão que atitude se espera delas”. Yolanda, que é editora do site Strike the Pose, avalia que a Vogue cometeu um erro enorme e defende que a revista “deveria pedir desculpas imediatamente”.

Jornalista e analista de moda, Vivi Whiteman lembra que “a moda tem como regra trabalhar com meninas muito novas, que começam com seus 13 anos. Não sei quantos anos têm as moças das fotos, mas tenho certeza de que foram autorizadas pelos pais”. Para Vivi, a  moda não é exatamente o mais ético dos mundos e não tem pudores com nenhum tipo de sensualidade. “Ao longo dos anos temos grandes obras que abordam o tema da sexualidade infantil, de Freud a Nabokov. 

A questão é que num ensaio de moda feito para vender produtos e comportamento não há espaço para teoria, nem para discussão, nem para aprofundar nada. Não é questão de demonizar a revista, mas de fato é o caso de ampliar o debate sobre essa questão. Não é moralismo, mas a constatação de que essas imagens geram certas reações, elas não são neutras nem existem num universo ideal. Os pais precisam se colocar e parar de fingir que esse tema não existe. A revista é só mais um exemplo de um comportamento que está na mídia e também na educação”.

O blog apurou que algumas pessoas já fizeram denúncias ao Ministério Público e que instituições de defesa da criança e do adolescente preparam-se para uma ação coletiva. Mas segundo a Ferraz Assessoria de Imprensa, que cuida da conta da revista, até o momento não há nada a declarar porque “não chegou nenhuma notificação. Tudo o que existe são burburinhos na internet”.


FONTE: REVISTA CARTA CAPITAL

http://mairakubik.cartacapital.com.br/2014/09/11/vogue-kids-faz-ensaio-com-criancas-em-poses-sensuais-e-pode-ser-acionada-pelo-mp/

domingo, 17 de agosto de 2014

LEI MENINO BERNARDO



A Lei Menino Bernardo é o nome adotado pelos deputados para projeto de lei 7672/2010, da Presidência da República brasileira, proposto ao Congresso Nacional Brasileiro que visa proibir o uso de castigos físicos ou tratamentos cruéis ou degradantes na educação de crianças e adolescentes. A imprensa brasileira apelidou a lei de Lei da Palmada.
Relatado pela deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prevê que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança que sofrer a agressão, por sua vez, deverá ser encaminhada a tratamento especializado. 

A proposta prevê ainda multa de três a 20 salários mínimos para médicos, professores e agentes públicos que tiverem conhecimento de agressões a crianças e adolescentes e não denunciarem às autoridades. A lei gerou polêmica e muitas discussões desde que foi proposta, em 2003. Esta lei foi aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 21 de maio de 2014 e foi aprovada no Senado no dia 4 de junho de 2014.

Opinião de especialistas

Segundo diversos advogados, a lei não proíbe exatamente a palmada, uma vez que este termo nem é citado no corpo do texto. Para muitos, a a lei é redundante em boa parte com a legislação anterior e não irá alterar significativamente a realidade, sendo que alguns de seus pontos são subjetivos, pois não definem exatamente o que seria o "sofrimento físico" suficiente para gerar consequências jurídicas.

Já os psicólogos do Laboratório de Estudos da Criança (Lacri), do Instituto de Psicologia da USP, apoiam a iniciativa da lei e abominam a utilização de qualquer punição física (incluindo a palmada) . Na mesma linha, a pedagoga Áurea Guimarães, professora da Faculdade de Educação da Unicamp, defende que punições não resolvem, pois têm um caráter muito mais exemplar, do que reflexivo: "A criança deixa de fazer algo por medo, não por compreender o certo e o errado” .

Para a coordenadora técnica do Centro Regional de Atenção aos Maus-tratos na Infância, Lígia Vezzaro Caravieri, existe uma visão generalizada de que a violência doméstica da criança por parte dos pais é norma. O presidente da comissão da Infância e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil de São Bernardo do Campo e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, cita outros motivos para o uso da violência como forma de educar, como a visão de que a criança é um objeto pertencente ao adulto (e não como um sujeito com direitos) e a tradição de que a única forma de educar é a violência, além da vulnerabilidade social.

FONTE: WIKIPEDIA

quinta-feira, 24 de julho de 2014

DENÚNCIAS DE ABUSOS SEXUAIS CONTRA CRIANÇAS AUMENTARAM 41,2% NA COPA

Notificações de casos que envolvem crianças e adolescentes cresceram nas semanas do Mundial, segundo a Secretaria de Direitos Humanos



A Copa do Mundo no Brasil não se resumiu a futebol e escancarou uma triste realidade no país. Nas quatro semanas do evento esportivo, as denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes cresceram 41,2% em comparação ao mesmo período de 2013. O levantamento foi feito pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH), a pedido do Correio.

Considerando os dias entre 12 de junho e 13 de julho, os relatos recebidos por meio do Disque 100 da SDH saltaram de 524, em 2013, para 740 este ano. Pesquisadora na área da infância e da juventude, Graça Gadelha pondera que nem todas as denúncias são confirmadas, mas avalia que, no caso da Copa, o aumento das ligações reflete, sim, o crescimento dos casos. Ela passou por nove cidades sedes durante o Mundial para ministrar oficinas e fazer um estudo, ainda não divulgado, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e afirma que foi possível constatar um incremento nas violações.


Graça explica que a exploração sexual pressupõe trocas, seja por dinheiro, jantares ou roupas que atraem as crianças e os adolescentes. “São situações que remetem à alta condição de vulnerabilidade desse grupo, e as denúncias são, sem dúvida, um indicativo importante para supostas violações que ocorrem de forma semelhante em contextos de grandes eventos, que criam um cenário mais sensível”, avalia a socióloga e consultora do Instituto Aliança. Segundo ela, as denúncias do Disque 100 sempre aumentam em períodos de carnaval e outras festas que promovem fluxo acentuado de pessoas. Na Copa, segundo o Ministério do Turismo, pouco mais de 1 milhão de turistas de 203 nações vieram ao Brasil, e 3 milhões de brasileiros viajaram internamente. 

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2014/07/22/interna_brasil,438488/denuncias-de-abusos-sexuais-contra-criancas-aumentaram-41-2-na-copa.shtml


sábado, 14 de junho de 2014

11 FOTOS QUE OS PAIS NÃO DEVEM PUBLICAR NAS REDES SOCIAIS!

Nos dias atuais, as redes sociais estão cada vez mais presentes em nossas vidas e nas de nossos filhos. Muitas vezes nós comprometemos a segurança deles e a nossa ao publicar fotos de maneira ingênua, sem saber ao certo os problemas que isso pode causar!

Os sites Delas e o M de Mulher publicaram recentemente sobre que tipos de imagens devemos ter cuidado em postar  na rede e achei pertinente compartilhar essas informações com vocês!

“O rosto todo lambuzado pela primeira papinha, a folia na hora do banho ou o tablet novinho em folha da criança. São tantas as situações engraçadas ou fofas que os pais compartilham nas redes sociais que fica difícil passar um dia sem topar com essas fotos. Mas internet não combina com ingenuidade. Quem quer compartilhar imagens na rede precisa entender que este é um ato permanente e cheio de riscos”.

Sequestro, pedofilia, buylling e roubo estão entre os riscos aos quais as famílias se expõem ao publicar imagens inadequadas na internet. Confesso que depois de saber disso, apaguei algumas fotos das minhas redes sociais… Afinal, todo cuidado é pouco quando se trata da segurança dos nossos pequenos, não é mesmo?

Vamos à lista!


1)Foto com registro de localização 

Antes de baterem uma foto de seus pequenos, desativem o geolocalizador do celular ou da câmera fotográfica. Ninguém precisa saber quais são os locais que a criança frequenta. Pessoas mal-intencionadas podem usar essas dicas para assustarem vocês quando seus filhos não estiverem em casa. Sabem aqueles trotes que simulam sequestros? Eles ficam muito mais assustadores se a pessoa que estiver ligando tiver informações precisas da vida de seus filhos.




2)   Foto da criança nua e tomando banho 

Posso publicar uma foto do meu filho tomando banho? As partes íntimas do pequeno estão aparecendo? Antes de compartilharem algo assim, pensem três vezes para não se arrependerem depois. Infelizmente, há o risco de pedofilia. Há muitas pessoas mal-intencionadas na internet que ficam procurando imagens de crianças peladas para compartilhar em sites de conteúdo impróprio.




3)   Foto da criança com uniforme da escola 

Evite que estranhos identifiquem a rotina do seu filho, que saibam qual é o nome do colégio que ele estuda e os cursos extras que ele frequenta. Essas informações podem ser usadas em planejamento de sequestro.




4)   Foto da criança em alta-qualidade

A partir do momento em que uma foto cai na rede, perde-se totalmente o controle sobre ela. Fotos em alta resolução, por exemplo, podem ser editadas e usadas com mais facilidade e podem ser utilizadas com muitos propósitos, incluindo propagandas não autorizadas.



5)   Foto da criança com outros amiguinhos 

Jamais publique a foto de outra criança sem a autorização dos pais. A internet é uma rede mundial, por isso, todo cuidado é pouco! Os pais dos amiguinhos podem não gostar e não querer a tal exposição. Fiquem atentas!



6)   Foto da criança no ambiente de trabalho dos pais

Com a divulgação desse tipo de imagem, os usuários, além de saberem quais são os locais que o filho frequenta, saberão também onde os pais trabalham. Todos ficam vulneráveis! Mais uma vez: não divulguem informações da sua vida pessoal. É muito perigoso!




7)   Fotos que vão fazer a criança sentir vergonha no futuro

“Algumas fotos podem ser bonitinhas, mas, no futuro, podem constranger seu filho deixando-o vulnerável para ser alvo de bullying”, aconselha Marcos Ferreira, especialista em segurança da informação da TrustSign, empresa focada em soluções de segurança na internet.



8)   Fotos da criança perto de objetos de valor 

Evitem postar fotos que possam chamar atenção para os bens materiais da família. Ninguém precisa, por exemplo, saber que seu filho ganhou um IPad de presente.



9)   Fotos publicadas em álbum aberto para todos

É ingenuidade acreditar que existe segurança apenas porque o seu perfil só pode ser visualizado por amigos e amigos dos amigos. Quem são os amigos dos seus amigos? Vocês os conhecem? Todo cuidado é pouco.




11)   Pistas da casa da criança:

Evitem fotos em que a fachada da sua casa, o nome da rua ou pontos de referências fiquem evidentes!




11)   Fotos engraçadinhas 

Muito cuidado para uma foto fofa do seu filho não se tornar o próximo meme ou gif da moda. Eles viralizam com muita facilidade!



  
Texto do site justrelmoms.com.br de 14 de abril de 2014.

FONTE: Site Criança a torto e a direitos