terça-feira, 27 de dezembro de 2011

OS CUIDADOS COM CRIANÇAS NA INTERNET


Bate papo, Facebook, Orkut, chats, sites diversos. Estas são algumas das ferramentas utilizadas por crianças, que se divertem, aprendem e fazem amigos na internet1. Mas, assim como o mudo real, a rede pode ser um ambiente extremamente perigoso e para evitar problemas, os pais devem estabelecer algumas regras, incentivando os filhos a compartilhar suas experiências e, até mesmo, se divertir na internet junto com eles.
Na internet, as crianças se divertem, entram em contato com a diversidade do mundo e pesquisam os mais variados assuntos, porém a maioria das crianças não têm capacidade de determinar o que é certo ou errado, o que é seguro  ou perigoso no mundo virtual, sendo assim,  facilmente enganadas por informações falsas ou pessoas mal-intencionadas.
Viciados em Internet
As vezes, o uso excessivo da internet pode causar problemas semelhantes a vícios químicos, istó é um transtorno obsessivo compulsivo. No entanto para as crianças o maior problema é o afastamento de outro seres humanos.
No caso das crianças, um dos maiores problemas causados pelo “vício na internet” é a falta de contato com outras crianças no mundo real, através de relações pessoais, e não à distância. Neste caso, uma alternativas para os pais é incentivar os filhos a dividir o tempo que passam em frente a tela do computador com atividades que fomentem outras redes de amigos “reais”, além das virtuais.
A SaferNet, uma associação civil de direito privado, de atuação nacional, sem fins lucrativos, auxilia os pais e responsáveis com os cuidados a serem tomados com as crianças que utilizam os serviços na internet. A organização foi fundada em 2005 e recebe denúncias sobre crimes cibernéticos, disponibiliza uma série de cartilhas de segurança e patrocina pesquisas sobre o uso da internet no Brasil.
Como se proteger
Algumas dicas podem contribuir para o uso correto das ferramentas disponíveis virtualmente. É importante, por exemplo, que os usuários nunca divulguem seus nomes completos, endereços, números de documentos ou fotos. Por mais seguro que pareça,  a internet ainda funciona como outdoors, em que todas as informações ficam expostas a tudo e a todos.
Os cuidados com as crianças na internet não são muito diferentes dos do mundo real. Manter o computador conectado à internet em um local de uso comum na casa possibilita que os responsáveis supervisionem com facilidade as atividades online de seus filhos. Além do acompanhamento dos pais, existem ferramentas de filtragem que barram o acesso de crianças a sites proibidos, adultos, ilegais etc.
Portanto pense bem antes de divulgar qualquer informação na rede. O mundo virtual deve fazer parte do mundo das crianças, mas sua utilização requer cuidados. Fique atento
PROGRAMA
SISTEMA OPERACIONAL
UTILIDADE
PicBlock
Windowns 98/XP/2000
Bloquear pornografia
WebCleaner
Windows 95/98/Me/XP/2000/2003
Filtra em tempo real, páginas indevidas
LanSchool
Windows 98/Me/2000/XP/2003/Vista/7
Controla o uso de MSN, Orkut, E-mail e sites indevidos
Anjo da Internet
Windows 98/Me/XP/2000/2003
Bloquia sites pornográficos, salas de chat e Orkut
AntiPornNow
Windows XP/2000/7
Filtros para páginas pornográficas da Internet
LeechBlock
Windows XP/Vista/7
Bloqueio de sites indevidos em horários pré-definidos
Surveil Activity Monitor
Windows XP/Vista/7
Monitora as atividades no seu computador, podendo bloquear as impróprias para as crianças




segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O ABUSO SEXUAL DE CRIANÇA ÍNDIA E A INFÂNCIA COMO VALOR UNIVERSAL



Nos idos dos anos 2000, lendo as notícias dos periódicos de Roraima, chamou-nos à atenção para a prática de um crime que começava a ocupar as páginas policiais – o de crianças índias serem abusadas sexualmente por membros de sua própria comunidade.

Numa destas matérias, o Jornal Folha de Boa Vista registrou o caso de uma criança índia da aldeia Ianomâmi ou Yanomami, de dois anos de idade, que havia sido estuprada pelo próprio tio, quando estava sob responsabilidade deste em uma entidade com função de acolher os índios que vinham à cidade a procura de assistência médica. A mãe da criança índia encontrava-se com outro filho enfermo no hospital de nossa capital.

De acordo com as informações da imprensa, a índia vítima chegou gravemente ferida ao pronto socorro infantil, sangrando muito pela vagina, sendo submetida a uma cirurgia de emergência. A médica de plantão, que atendeu o caso, esclareceu aos meios de comunicação, que a criança índia teve ferimentos no períneo, ou seja, teve um rompimento entre o ânus e a vagina, que ficaram interligados externamente.

A assistente social do pronto-socorro comunicou o fato ao conselho tutelar de nossa cidade, que imediatamente iniciou o atendimento do caso, sendo informado pela direção da entidade, onde em tese ocorreu o crime, que em casos dessa natureza o procedimento era encaminhar o autor do delito para o órgão de assistência ao índio – Fundação Nacional do Índio, para os devidos fins legais.

Os conselheiros tutelares ao chegarem neste órgão ficaram sabendo que o índio autor do estupro já havia sido entregue para uma organização não-governamental, que prestava atendimento aos Ianomâmi em suas terras, para que fosse apresentado ao tuxaua da aldeia, a fim de sofrer as penalidades de acordo com sua cultura e tradições. O conselho tutelar preocupado com o desdobramento do caso informou à polícia federal, que acabou instaurando inquérito policial em seu âmbito.

Com efeito, a violência sexual contra criança não é fato novo. A própria bíblia nos relata abuso sexual de criança por adulto e de incesto praticado pelos próprios pais ou parentes, desde épocas remotas. Na história da humanidade temos como exemplo, os ptolomeus do Egito, que após vários casamentos entre irmãos, produziram Cleópatra. Outro exemplo está na mitologia grega, onde Édipo mata o pai para se casar com a mãe.

Poucos são os estudos e levantamentos estatísticos sobre a violência sexual envolvendo criança índia no Brasil, mas se sabe que esta não integra a cultura Ianomâmi. Por outro lado, este caso revela que o abuso sexual de uma criança índia é a demonstração que a violência sexual é um fenômeno que pode ocorrer em qualquer etnia, uma vez que a cultura da violência é geral e comum a todos e os laços de consangüinidade e afetividade não asseguram sempre o amor necessário para a proteção das crianças.

No México, para os índios da Sierra Madre, o incesto pai-filha faz parte da cultura indígena, o mesmo ocorrendo no Brasil, na reserva indígena Caiuas, em Mato Grosso do Sul, onde as meninas bem cedo são privadas da companhia dos pais para não serem submetidas a abuso sexual, considerado como atitude normal. Como se percebe, o conceito de abuso sexual contra criança está na dependência de padrões culturais.

No caso noticiado o abuso sexual foi praticado distante da aldeia indígena, dentro de um órgão de proteção ao índio em Boa Vista/RR, a indicar que tal violência ocorreu devido à relação interétnica de integração que se desenvolveu, de forma acelerada e sem planejamento, principalmente nas décadas de 80 e 90, fundamentalmente com os contatos com os garimpeiros que exploravam os minérios, com a população dos povoados que surgiram e com os soldados que serviam nos pelotões, todos situados em território Ianomâmi, uma vez que a violência sexual contra suas crianças, como já afirmado, não integrava a cultura desses índios. 

Este caso é um exemplo de que a preservação dos índios em redomas, para que se mantenham distantes de contatos humanos, não passa de uma tentativa de fazer parar o tempo, como se isso fosse possível, em territórios cujas dimensões e natureza tornam impossível um policiamento protetor.

A proposta de segregação é um equívoco. O mundo real tem demonstrado a impossibilidade do isolamento dos índios. O resultado do contato clandestino destes com ações do que há de pior na sociedade contemporânea tem sido cruel e perverso para sua subsistência.

Para o pesquisador Bruce Albert, especialista em Ianomâmi, esta comunidade, em nome dos direitos humanos universais, deve ter estes direitos respeitados como também observá-los. Sustenta que não podemos defender os Yanomami em nome de direitos humanos universais e, ao mesmo tempo, eximi-los da responsabilidade de observar tais direitos. Não podemos sustentar um equivalente ético do paradoxo de Zenon de Eléia, que, enquanto caminhava, negava a existência do movimento. 

E arremata que se assim fosse, estaríamos diante de um relativismo cultural radical (“diferencialismo”) ou, pior ainda, num uso oportunista e casuístico do universalismo jurídico, o que seria capaz de criar situações interétnicas insustentáveis.

O Estado brasileiro tem implementado políticas e programas de assistência aos índios sem levar em consideração o conhecimento disponível sobre estas populações e mesmo à opinião destes grupos, em verdadeiro desrespeito a sua autodeterminação. Preconceito, desinformação e intolerância têm, assim, cercado as comunidades indígenas no Brasil, fomentando a discriminação e segregação.

Disto podemos concluir que é preciso intervir, através do repasse de informações sobre os danos as crianças índias vítimas de abuso sexual, para que se possa interromper a sua absorção pela sociedade indígena, originada no contato com as ditas civilizações não-índias, ou mesmo possa mudar a cultura, tradição e prática desta violência, onde for aceita. 

Não seria inviável tal controle, desde que as informações fossem introduzidas em acordo com as características culturais e situacionais, sobretudo em consonância com as expectativas da comunidade indígena. Evidentemente, isto a exigir um planejamento didático de informações a serem repassadas ao grupo indígena. 

Segundo a profª. Dominique Tilkin Gallois esta forma de atuação implica, aparentemente, numa imersão no mundo dos “brancos”, na medida em que promove a adaptação e a instrumentalização dos índios com técnicas e saberes novos.

Em função disto, tal orientação confronta-se habitualmente com os ideários preservacionistas, cujos critérios de ‘respeito’ absoluto à cultura, ao nosso sentir, não só controlam, mas também isolam os grupos indígenas do conhecimento da realidade diversificada do mundo de fora, em verdadeiro prejuízo para garantia da sua própria autonomia e existência.

Torna-se importante para a comunidade indígena que esta integração ocorra mediante o acesso ao diálogo com múltiplos agentes da sociedade, bem como conhecimento de diversas situações, que favoreçam a reflexão sobre sua posição no jogo de poder das relações interétnicas.

A partir disso, podem ser encorajados a debater entre si o abuso de crianças índias e de suas mulheres e a encontrar maneiras adequadas de se apropriar socialmente do princípio dos direitos humanos universais.

Assim, mediante o repasse eficaz de informações sobre abuso sexual e seus efeitos danosos contra crianças índias ocorrido em outros povos indígenas e no próprio segmento da sociedade nacional, estaríamos promovendo a reflexão pretendida.

Independentemente da cultura, da sociedade e da comunidade ou do grupo étnico em que se insira a infância, esta deve ser reconhecida como um valor universal de que as crianças enquanto pessoas em desenvolvimento necessitam de proteção e cuidados especiais e são, enquanto seres políticos, sujeitos de direitos, cidadãos de primeira classe. Este tema foi devidamente abordado no ensaio publicado nesta coluna do dia 05.12.2011, sob o título “a criança índia e a infância cidadã”.

A infância não é uma natureza, mas é uma condição concreta de existência, em qualquer parte do mundo. Isto significa que em todo o planeta Terra é preciso – partindo do sentimento e da idéia de infância, construir a cultura da infância e de que a infância cidadã pode ser uma das manifestações. 

Mauro Campello * 

* Desembargador, professor de direito da criança na UFRR, UERR e Faculdade Estácio/Atual da Amazônia - maurocampello@tjrr.jus.br

sábado, 24 de dezembro de 2011

O PRESENTE MAIS BONITO É VIVER!!!!







O menino chega e por amor vai renascer.


Traz nas mãos uma esperança e sorri, pois é Natal
.

E no mundo inteiro a mesma canção de amor e paz,


Que se faz tão doce como o amanhecer.

Quem me dera o ano inteiro o Natal dentro de nós.

E pra toda gente a mesma canção, na mesma voz.

Pois a festa mais bonita é viver, é querer bem.

O presente mais bonito é viver.


O PRESENTE MAIS BONITO É VIVER

Tereza Souza e Walter Santos

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Pedofilia e abuso sexual. Proteja seus filhos.


O que os pais podem fazer para prevenir o abuso sexual e proteger seus filhos.



O Observatório da Infância recebe uma grande quantidade de  e-mails através da seção "Conte seu caso". As situações mais freqüentes e mais dolorosas são de abuso sexual. Nas entrevistas que damos continuamente na mídia sobre pedofilia e abuso sexual a pergunta mais freqüente feita pelos jornalistas é como evitar que uma criança seja sexualmente abusada. Hoje, vamos dar destaque aqui às recomendações do Observatório da Infância para prevenir o abuso sexual.


  • Lembre-se sempre que a pedofilia é uma perversão sexual, caracterizada pela opção sexual preferencial por crianças e adolescentes, de forma compulsiva e obsessiva. O pedófilo é um doente que pode cometer crimes contra crianças.
  • O pedófilo é uma pessoa aparentemente normal e muitas vezes bem inserida na sociedade.
  • A pedofilia é uma patologia muito freqüente em todas os níveis sociais e econômicos. Lembre-se portanto: Não é rara a presença de pedófilos no meio da família, nas escolas, nas praças, nos playgrounds, nos educandários, no ambiente esportivo, nas igrejas, em consultórios médicos e em todos os lugares onde ele, o pedófilo, possa encontrar crianças e adolescentes.
  • Lembre-se que na maioria das vezes o abusador sexual de crianças é alguém da própria família (pai, padrasto, avô, tio, cunhado, irmão mais velho, ou alguém sem vínculo familiar, mas próximo da criança).
  • O abuso sexual de crianças e adolescentes é um ato covarde, de manipulação do poder e da confiança que crianças têm naquele adulto.
  • Lembre-se que a Internet tornou-se hoje um paraíso para os pedófilos. Encaminhe suas denúncias sobre pedofilia na Internet parahttp://www.censura.com.br/index.php?option=com_contact&Itemid=3 .
    • O abuso sexual de crianças e adolescentes é crime. Cobre da polícia e do Poder Judiciário investigação minuciosa, a aplicação da lei e a proteção de seu filho e de outras crianças.
    • O abuso sexual já ocorreu, mas você pode evitar que ele prossiga. Uma criança vítima de abuso sexual pode levar para o resto de sua vida sentimentos de vergonha e culpa que a prejudicarão seriamente. Para evitar as dolorosas conseqüências do abuso sexual, a criança precisa falar sobre o que ocorreu. Ouça o que sua filha ou filho tem a contar e acredite neles.
    http://www.observatoriodainfancia.com.br/article.php3?id_article=333 

    quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

    CRIMES CONTRA ADOLESCENTES SAEM DAS ‘QUATRO PAREDES



    Um funileiro de 42 anos foi preso no último dia 24 de outubro por ter abusado sexualmente de duas filhas, de 13 e 17 anos no bairro Centro Oeste, em Campo Grande. 

    Exame de DNA realizado na menina de 2 anos, filha da adolescente mais velha, comprovou que o avó era na verdade pai da criança. A garota era violentada pelo pai desde os 11 anos de idade.

    Por causa da nova lei de estupro houve uma maior sensibilização por parte da sociedade em denunciar casos como este, antes retidos na família. A análise é da delegada da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Regina Motta.

    A delegada lembra que, em agosto de 2009, entrou em vigor a nova lei de estupro. A partir daí aumentou o número de denúncias de casos de agressão física- maus-tratos, lesão corporal e abuso sexual contra crianças e adolescentes.

    No primeiro ano da lei foram 420 casos de abuso sexual registrados na DPCA; em 2010, esse número aumentou para 504 e 2011, até a última terça-feira, são 480. Conforme a delegada, desses crimes a maioria foram transformados em inquérito policial e solucionados.
    Quanto aos casos de agressão, em 2009 foram registrados 1312; em 2010 foram 1278 casos e este ano até o dia 20 de dezembro foram registrados 1073.

    A lei sancionada no dia 7 de agosto tornou mais severa as penas para os crimes de pedofilia, estupro seguido de morte e assédio sexual contra crianças e adolescentes. O autor de estupro contra maiores de 14 anos e menores de 18 será punido com penas que variam de oito a 12 anos de prisão.

    A pena foi aumentada em até 50% quando praticada por alguém que deveria proteger e cuidar da criança. A mesma regra vale para o crime que gerar gravidez. É o caso do funileiro que pode pegar até 15 anos de detenção.

    Conforme a delegada Regina Motta foi feito um grande trabalho de divulgação da nova lei e conscientização através de palestras, seminários, e televisão. "Muitos casos foram divulgados pela imprensa, com isto a sensação de impunidade que a sociedade tinha em relação aos agressores foi diminuindo com a divulgação", afirma.

    Outro ponto que indica eficácia da lei, aponta a delegada, é que na maioria dos casos não são reincidentes. "Principalmente os crimes de maus-tratos as pessoas tem consciência que é crime e dá cadeia".

    Regina Motta explica que, quando surge qualquer denúncia de agressão física e violência sexual contra adolescentes, a intervenção é imediata. "Na hora é deslocada uma viatura da Polícia Civil para o local. Se necessário é retirada a criança do lar até que sejam concluídas as investigações", disse.

    Agressão física - lesão corporal, maus tratos, abuso sexual e abandono de incapaz são os crimes mais registrados na delegacia de proteção ao adolescente. A maior parte das denúncias é feitas por familiares.

    As denúncias anônimas são feitas através do conselho tutelar, SOS criança, 190. Já o disque 100 a delegada explica que 90% das denúncias são consideradas improcedentes. "Todas as denúncias são investigadas. O que deveria ser uma importante ferramenta para o combate a criminalidade é mal utilizada".

    Outro caso solucionado - Suspeito de violentar quatro crianças, um homem que apresenta como pai de santo foi preso no dia 25 de outubro. Ele foi apontado como autor de violência sexual contra quatro crianças, uma delas a própria filha e as outras vizinhas.

    Os estupros aconteciam durante rituais, no Jardim Montevidéu, segundo a investigação policial. Ele dilacerava galinhas vivas na frente das vítimas. Em seguida, ficava nu e as mandava pegarem no seu órgão genital, alegando que iriam ganhar força.

    O sangue dos animais era espalhado pelo corpo das crianças. A casa dele, local onde aconteciam os abusos, no Jardim Montevidéu, chegou a ser incendiada quando estava foragido.
    http://www.anastacionoticias.com.br/imagens/barra_trans.gif

    Fonte: cgdenews

    http://www.anastacionoticias.com.br/index.php?pagina=noticias-ver&codigo_noticia=28123

    A HUMANIZAÇÃO DO CÃO E A ANIMALIZAÇÃO DO HOMEM



    É impressionante os espaços de futilidades na mídia enquanto que os funcionários dos correios ralaram para tentar atrair voluntários para o Papai Noel dos Correios, que é uma das maiores campanhas sociais natalinas do Brasil, que tem como foco principal o envio de carta-resposta às crianças que escrevem ao Papai Noel. Assim, a campanha tem por objetivo responder às cartinhas das crianças em situação de vulnerabilidade social, além das cartas oriundas das crianças da sociedade, inclui também as cartas de crianças de escolas, abrigos, núcleos sócio-educativos e creches.

    O principal benefício que o Papai Noel dos Correios proporciona à sociedade é a disseminação em todo país dos valores natalinos como amor ao próximo, solidariedade e felicidade. A união de empregados dos correios a cada ano sente a dificuldade em atrair voluntários e apoio da população a este projeto que visa encontrar um doador para responder uma cartinha com um presente natalino, assim, realizando um sonho de uma criança carente.


    O que EU mais lamento é o que ENXERGO caninos e felinos vivendo no LUXO e crianças no LIXO. Cachorros e gatos no luxo e crianças no lixo, crianças necessitadas que pedem esmolas para comer.

    Falta humanismo em pessoas ricas gastando fortunas em festas para seus cachorros, pet shops, salão de beleza... Deixando para trás crianças abandonadas com fome, com frio, com roupas sujas e rasgadas, dormindo em cima de um pedaço de papelão, comendo lixo nas lixeiras para sobreviverem como se elas fossem cachorros vira-latas, falta de humanismo das pessoas que olham para essas crianças como se elas fossem lixeiras e ainda sai xingando de vagabundos...
    ...
    ...Mas os verdadeiros marginais são os sem coração que são capazes até mesmo de mandar matar pessoas cruelmente para esconder os podres deles porque não são capazes de assumirem os seus erros, como muito temos presenciado nos noticiários.

    O pior que "certas" VIDAS valem menos que uma árvore ou um animal. A pena para quem mutilar uma árvore, prender um pássaro ou matar um animal, as vezes supera em muito a pena para quem tirou uma vida humana.

    Não sou religioso e não fico citando balelas-passagens bíblicas escritas pelos homens, mas há muito tempo, li um ditado chinês que dizia assim: “Senhor, transformai o mundo a começar por mim...” Diante de palavras tão sábias nada posso dizer, apenas desejar que neste 2012 as coisas e os fatos mudem em NÓS também...

    Não somente festa para cachorro, mas assim sendo, dessa forma, podemos enxergar com outros olhos as crianças nas ruas, abandonadas e famintas, ou simplesmente com fome de um pequeno gesto de afeto.

    É impressionante a futilidades dos links abaixo ganham, cada vez mais, graciosos espaços na mídia:

    Festa de Natal para animais de estimação é realizada em Goiânia

    Amigo secreto canino agita o Copan




    Plínio Sgarbi

    sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

    "CRIANÇA PRECISA DE LIMITES. MAS NÃO O LIMITE DA PANCADA", DIZ RELATORA DA "LEI DA PALMADA"


    ÉPOCA conversou com a deputada Teresa Surita (PMDB-RR), relatora do projeto que ficou conhecido como "Lei da Palmada". Segundo ela, a proposta não interfere na educação das famílias, mas ensina os pais a educar sem o uso de castigos físicos

    A deputada Teresa Surita (PMDB-RR), relatora da "Lei da Palmada"
    (Foto: Câmara dos Deputados/Divulgação)
      
    Tão logo foi aprovado, o projeto de lei que proíbe o uso de castigos físicos na educação das crianças começou a causar polêmica. Apelidado de "Lei da Palmada", o projeto foi questionado por parecer uma interferência do Estado na forma como os pais criam seus filhos. Mas para a deputada Teresa Surita (PMDB-RR), relatora do texto na Câmara, essa imagem é uma distorção do que o projeto realmente trata.

    O projeto, de autoria do Executivo, foi enviado ao Congresso durante o governo Lula, e atende a um compromisso firmado pelo Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), de mudar a sua legislação para adequá-la às posições do Comitê de Direitos Humanos para crianças e adolescentes da ONU. Segundo a deputada, mais de 30 países já mudaram suas legislações.

    De acordo com a relatora, o objetivo da lei não é punir pais que usam da palmada para disciplinar os filhos, mas educar para evitar casos em que a violência doméstica se torna extrema. "A violência doméstica é a segunda maior causa de mortes de crianças, só perde para os acidentes de trânsito. É um problema de saúde pública", diz Teresa.

    O projeto foi aprovado na última quarta-feira (14), e segue para o Senado. A polêmica começou após a aprovação, quando a notícia chegou aos jornais. Segundo a deputada, parte da polêmica se deve à falta de informação sobre o que o projeto realmente significa, inclusive pelo nome que o texto ficou conhecido. "A palmada não é o objetivo do projeto. Nosso objetivo é atingir casos extremos. Mas muitos desses casos de violência começam com a palmada, então essa é uma forma de educar a sociedade".

    A deputada também refuta a tese de que a lei vai proibir pais de impor limites aos seus filhos. "A criança precisa de limites. Mas esse limite não é o da pancada, o da violência", afirma. Segundo a relatora, usar violência para educar os filhos é que torna os jovens violentos, e ela cita um estudo da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) que mostra que 70% dos jovens que praticam bullying nas escolas sofreram algum tipo de castigo físico na infância.

    Como funcionará a lei 

    Se aprovada pelos senadores e sancionada pela presidente da República, a lei vai prever campanha permanenente de educação e esclarecimento, para ensinar pais a educar e impor limites sem o uso de castigos físicos.

    Teresa Surita faz um paralelo com a questão do tabagismo. Como no caso do cigarro, o Estado não está se intrometendo no direito do cidadão fumar, mas está obrigado a fazer campanhas mostrando os riscos. "Nosso caso é parecido: o Estado fica obrigado a informar que é possível educar sem o uso de violência. Se o pai quer educar usando dor, vai fazer isso consciente do risco. O que queremos é uma mudança cultural, mostrar que é possível educar sem bater", explica.

    O projeto não prevê punição a pais que usarem castigos físicos. Mas em situações mais graves, como no caso de crianças que são encaminhadas para pronto-socorro por violência doméstica, a lei prevê que a criança e os pais sejam encaminhados para orientação psicológica. "Ninguém vai mandar pai para psicólogo por causa de palmada. Agora, quando vemos casos de crianças que são encaminhadas duas, três vezes para hospitais por castigos, precisamos agir para proteger essa criança".

    Outro dispositivo da lei prevê que profissionais das áreas de educação e saúde devem denunciar casos de maus tratos que tiverem conhecimento. Essa medida já consta no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas a lei a torna mais abrangente, e o texto prevê multa para os profissionais que não denunciarem.

    Questionamentos e acordos com a bancada evangélica 

    Para conseguir aprovar o projeto, a deputada teve que enfrentar antes uma resistência da bancada evangélica. Pastores e deputados ligados a grupos cristãos temiam que a lei fosse uma interferência do Estado na educação das famílias. Além disso, um trecho do Antigo Testamento defende o uso da vara, e o versículo é usado como exemplo por alguns grupos religiosos.

    "Fiz uma reunião com o PMDB e a bancada evangélica, e expliquei o texto. Quando eles entenderam a proposta, não só concordaram como sugeriram mudanças para aprimorar o texto", diz Teresa. Uma das mudanças foi trocar a expressão "castigo corporal" por "castigo físico". Isso porque, segundo os deputados, colocar uma criança de castigo poderia ser interpretado como "castigo corporal". O termo "castigo físico" seria mais preciso, delimitando o uso de violência.

    Após a reunião, a bancada evangélica na Câmara passou a apoiar ao texto, o que permitiu ser aprovado sem passar no Plenário. Apesar disso, um importante líder evangélico, o pastor Silas Malafaia, fez duras críticas à lei. Malafaia disse que a lei é uma “palhaçada”, e que vai mobilizar os senadores para vetar a proposta. Como se vê, o debate ainda não acabou.


    quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

    CRIANÇAS IMIGRANTES NÃO DENUNCIAM ABUSOS POR MEDO DE DEPORTAÇÃO



    A infraestrutura e segurança que são precárias em escolas públicas da América Latina e do Caribe são determinantes para a ocorrência de abuso sexual contra crianças e adolescentes. Esta é uma das conclusões de um relatório elaborado por organizações não governamentais que atuam na região. 

    Entre os países pesquisados, Colômbia, México, Equador e Bolívia registraram o maior número de casos.

    O relatório alerta que crianças, adolescentes e jovens imigrantes são mais vulneráveis a esse tipo de violência. Na maioria dos casos, eles não contam com documentos e não denunciam por medo de seus pais serem deportados para o país de origem.

    Na Colômbia, entre 2004 e 2005, a Procuradoria recebeu 542 queixas de maus tratos e abusos sexuais cometidos em colégios públicos do país. Desse total, apenas 32 casos tiveram resolução.

    A situação mexicana aparece como a mais grave. Apenas na Cidade do México, entre 2001 e 2010, pelo menos 3.242 menores foram maltratados ou abusados no ambiente escolar.

    O Equador registra um caso de abuso sexual a cada quatro estudantes. No país, segundo o Banco Mundial, existe uma “grave crise de violência sexual na população jovem”.
    Já nas escolas bolivianas, mais de 100 agressões sexuais ocorrem somente em 2004. Neste caso, a punição máxima é a transferência de unidade, quando o agressor é o próprio professor.

    De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.

    *Com informações da Agência Adital

    quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

    VIOLÊNCIA DOMÉSTICA IMPACTA O DESENVOLVIMENTO CEREBRAL EM CRIANÇAS


    Adolescentes que sofreram algum tipo de abuso físico ou psicológico, ou foram negligenciados pelos pais, podem ter problemas sérios relacionados à má-formação do cérebro.

    As áreas afetadas podem diferir nos meninos e meninas, e isso também depende da idade em que ocorrerem os maus tratos, nível de exposição a esses eventos e também se a violência foi física ou psicológica.
    O estudo, feito pela Faculdade de Medicina de Yale, nos EUA, foi publicado no periódico Archives of Pediatric Adolescent Medicine e acompanhou 42 adolescentes com histórico de abusos paternos. Esses indivíduos mostraram que os maus tratos podem influenciar até mesmo no volume da massa encefálica. Nenhum deles, entretanto, apresentava problemas de transtornos mentais ou outros problemas neurológicos.

    “Esses adolescentes podem não terem sido diagnosticados para nenhum problema de saúde, mas agora há evidências físicas de que a violência familiar pode impactar o organismo nessa intensidade”, diz Hillary Blumberg, principal autora do estudo. “Talvez essas alterações possam explicar outros problemas que se desenvolvem com o passar da idade, como pior engajamento nos estudos e a maior vulnerabilidade à depressão e transtornos do comportamento.”

    Impacto diferente nos dois sexos

    A redução da matéria cinza do cérebro foi observada em todos os adolescentes. Aqueles em que o histórico de saúde apontava para violência psicológica também apresentaram as áreas do cérebro relacionadas com a regulação da emoção mais afetadas.
    Além disso, nos meninos, as áreas que controlavam o impulso foram afetadas mais intensamente do que nas meninas. Entre elas, as áreas relacionadas com a depressão se desenvolveram menos.
    Os pesquisadores, entretanto, dizem que os déficits observados provavelmente não são permanentes. “Nos adolescentes, o cérebro têm uma grande plasticidade, um termo que define a facilidade do cérebro em rearranjar as funções de forma natural e se adaptar. Por isso, é importante saber quando há violência doméstica e ajudá-los o mais rápido possível”, finaliza Blumberg.
    -
    com informações da Archives of Pediatric Adolescent Medicine

    http://www.oqueeutenho.com.br/20473/violencia-domestica-impacta-o-desenvolvimento-cerebral-em-criancas.html#axzz1gYKJppkC