A infraestrutura e segurança que são precárias em escolas
públicas da América Latina e do Caribe são determinantes para a ocorrência de
abuso sexual contra crianças e adolescentes. Esta é uma das conclusões de um
relatório elaborado por organizações não governamentais que atuam na região.
Entre os países pesquisados, Colômbia, México, Equador e Bolívia registraram o
maior número de casos.
O relatório alerta que crianças, adolescentes
e jovens imigrantes são mais vulneráveis a esse tipo de violência. Na maioria
dos casos, eles não contam com documentos e não denunciam por medo de seus pais
serem deportados para o país de origem.
Na Colômbia, entre 2004 e 2005, a Procuradoria
recebeu 542 queixas de maus tratos e abusos sexuais cometidos em colégios
públicos do país. Desse total, apenas 32 casos tiveram resolução.
A situação mexicana aparece como a mais grave.
Apenas na Cidade do México, entre 2001 e 2010, pelo menos 3.242 menores foram
maltratados ou abusados no ambiente escolar.
O Equador registra um caso de abuso sexual a
cada quatro estudantes. No país, segundo o Banco Mundial, existe uma “grave
crise de violência sexual na população jovem”.
Já nas escolas bolivianas, mais de 100
agressões sexuais ocorrem somente em 2004. Neste caso, a punição máxima é a
transferência de unidade, quando o agressor é o próprio professor.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge
Américo.
*Com informações da Agência Adital
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