Homem foi detido na noite de terça-feira (6), após denúncias de parentes.
Mãe sabia da violência e disse que rezava para que ele parasse com abusos.
Mãe sabia da violência e disse que rezava para que ele parasse com abusos.
Um catequista de 58 anos foi preso na noite de
terça-feira (6), em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana, suspeito de
estuprar duas filhas biológicas e duas adotivas, que são gêmeas. Segundo a titular da Delegacia de Proteção a Criança e ao
Adolescente (DPCA), Myrian Vidal, o pai, que também é integrante da Pastoral do
Batismo, foi preso após denúncias de parentes que desconfiaram da situação.
As filhas biológicas, hoje com 18 e 24 anos, já não moram com o pai, mas disseram à polícia que o estupro começou quando elas tinham aproximadamente 7 ou 8 anos. Quanto às filhas adotivas, elas contam que começaram a ser estupradas quando tinham 7 anos. A polícia informou que o homem confessa ter tentado tocar uma das filhas adotivas no passado, mas nega todas as acusações. As meninas contaram também que apanhavam para não contar sobre a violência sexual.
Consentimento
Segundo Myrian Vidal, a mãe das meninas sabia do estupro. Ela disse em depoimento que quando tomou conhecimento da situação começou a rezar pedindo a Deus para tocar no coração do marido para que ele parasse. “Ela vai ser indiciada e, se o Ministério Público entender que teve participação, ela vai responder por quatro estupros de vulnerável. A lei determina que a mãe tem o dever de proteção e cuidado da criança, se ela não cuidou e não tomou atitude diante dos fatos ela vai ser responsabilizada. Que isso sirva de lição para todas as mães”, explica Myrian Vidal.
A delegada informou ainda que testemunhas já foram ouvidas e que as vítimas passaram por avaliação psicológica, que confirmou os estupros. A polícia vai ouvir ainda o padre da igreja que o pai frequentava a fim de descobrir se há relatos de outros abusos, visto que o homem é catequista.
Ele foi autuado quatro vezes por estupro de vulnerável e, se condenado por todos, pode pegar até 60 anos de cadeia.
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