terça-feira, 24 de novembro de 2015

CONSELHEIRO TUTELAR EDMILSON VENTURA - PARA SEMPRE EM NOSSOS CORAÇÕES


“Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos na mesma direção

Aonde está você agora
Além de aqui,
Dentro de mim?
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil eu sem você
Porque você está comigo o tempo todo

(Vento no Litoral – Renato Russo)



Demorei um tempo para poder falar, pois ainda estou me recuperando do susto

Há cinco anos, nascia no meu coração o Projeto Brasil Sem Pedofilia. Ante a descoberta de que uma criança do meu convívio havia sofrido abuso sexual, bati na porta do Conselho Tutelar por julgar que eles teriam a obrigação de dar uma solução mágica e imediata para o problema.

Fui atendida pelo conselheiro Edmilson Ventura, que tratou de me explicar como as coisas funcionavam e a precariedade das ferramentas que o conselho dispunha naquela época para trabalhar. Não obstante as dificuldades, havia uma vontade enorme de pessoas vocacionadas e bem preparadas que trabalhavam (e muito) apesar das dificuldades.

Através do exemplo daquele conselheiro resolvi que efetivamente deveria fazer algo para lutar efetivamente pelos direitos das crianças e adolescentes e, principalmente, lutar por um BRASIL SEM PEDOFILIA.

Desde então passei a estudar e me dedicar exclusivamente ao tema e tive Edmilson como inspirador, mentor, orientador, exemplo e, acima de tudo, um grande companheiro de luta e de vida.

Tudo o que foi feito desde então, foi a quatro mãos. Na maioria das vezes por telefone, internet. Muitas outras vezes em intervalos entre o meu trabalho e os atendimentos dele e algumas outras em meio à diversão e muito riso.

Todos os planos futuros também estavam planejados a quatro mãos.

Assim tocávamos esse lindo projeto, esse sonho real, até que na última quarta feira, Edmilson nos deixou de forma inesperada.

Seu maior legado é, sem dúvida, a luta pelos direitos das crianças e adolescentes. Mas há muito mais:

O jornalista brilhante, o ativista aguerrido, o líder que lutava incansavelmente para melhorar as condições de vida do local onde nasceu e foi criado, o amigo verdadeiro, a risada mais gostosa, a alegria de viver, os gestos e comportamento elegantes.

É fácil falar que a vida continua, mas na prática não é bem assim.

Como tocar sozinha, um projeto que era nosso? Como sonhar sozinha, um sonho que era de nós dois? Como sobreviver a uma dor e uma tristeza tão profundas?

Meu brioso amigo, tenha certeza que procurarei corresponder a tudo o que você esperava de mim. Te agradeço por ter acreditado em mim quando ninguém achava que daria certo. Agradeço a Deus por ter feito nossos caminhos se cruzarem por uma causa tão nobre.

Todo meu amor, carinho e reverência a você Edmilson Ventura!

Cláudia Sobral – 24/11/2015

sábado, 14 de novembro de 2015

5 FERIDAS EMOCIONAIS DA INFÂNCIA QUE PODEM PERSISTIR NA IDADE ADULTA


Embora não seja regra absoluta, não podemos negar que nossa infância e primeiras experiências afetivas podem influenciar na maneira como que lidamos com os relacionamos posteriores e na leitura que temos das coisas que acontecem ao nosso redor.
As boas e más experiências infantis afetam sim nossa qualidade de vida quando adultos. Influenciam também, depois, em como trataremos nossos filhos tanto do ponto de vista do afeto quanto do enfrentamento de adversidades. Agiremos, reproduzindo os comportamentos que conhecemos ou seremos diferentes?
Abaixo, estão descritas 5 feridas emocionais segundo a especialista em comportamento canadense Lisa Bourbeau. Para a autora, são elas algumas das mais determinantes nas dificuldades de relacionamentos que as pessoas podem carregar ao longo da vida adulta posterior.

1- O medo do abandono

Um dos medos frequentes nas crianças é o medo da ausência de seus pais, o medo do abandono. A criança, nos primórdios de sua vida, ainda não consegue separar fantasia de realidade, e, por também não conseguir quantificar o tempo, entende que as ausências podem ser sinônimos do abandono absoluto.
Se a aprendizagem dessa separação necessária já é complexa em ambientes onde os pais lidam com o fato com tranquilidade, no caso de pessoas que tiveram experiências de negligência na infância, as marcas deixadas podem acarretar um medo de solidão e rejeição contínuos todas as vezes em que a pessoa não tiver perto de si (fisicamente) a pessoa amada.
A ferida causada pelo abandono não é fácil de curar. A pessoa saberá que está curada quando os momentos de solidão não forem vistos como desamor e rejeição, e, dentro de si, existirem diálogos positivos e esperançosos.

2- O medo da rejeição

É uma ferida profunda que é formada quando, durante o desenvolvimento, a criança não se sentiu suficientemente amada e acolhida pelas figuras de referência que estavam ao seu redor assim como, posteriormente, pode ser afetada também por rejeições em ambiente escolar.
Como a pessoa, no começo, forma sua identidade a partir da maneira como que é tratada, se ela for desvalorizada e depreciada constantemente, pode internalizar em si uma autoimagem de que não é merecedora de afeto e de que não possui atributos suficientes para ser aceita em sociedade.
O rejeitado passa, então, a rejeitar-se, e, na idade adulta, muitas vezes, mesmo frente ao sucesso e obtendo bons resultados, essa pessoa pode apresentar grande fragilidade frente a qualquer crítica que exponha seus medos internos de insucesso.

3- A humilhação

Esta ferida é gerada no momento em que sentimos que os outros nos desaprovam e criticam. Podemos criar esses problemas em nossos filhos, dizendo-lhes que eles são estúpidos, maus ou mesmo exagerando em comparações; isso destrói a criança e sua autoestima.
Uma pessoa criada em um ambiente assim pode desenvolver uma personalidade exageradamente dependente. Outra possibilidade é o desenvolvimento da “tirania” também em si, um mecanismo de defesa em que a pessoa passa a humilhar aos outros para se sentir mais valorizada.

4- Traição ou medo de confiar

Uma criança que se sentiu repetidamente traída por um de seus pais, principalmente quando o mesmo não cumpria as suas promessas, pode nutrir uma desconfiança que, mais tarde,  pode ser transformada em inveja e outros sentimentos negativos. Quem não recebe o que foi prometido pode não se sentir digno de ter os que os outros têm.
Pessoas que passaram por isso desenvolvem uma tendência maior a tentar controlar tudo e todos ao redor em uma tentativa de trazer para si o comando de variáveis que, antigamente, faziam com que se sentissem preteridas e injustiçadas. Quando perdem o controle, ficam nervosas e se sentem perdidas.

5- Injustiça

A ferida da injustiça surge a partir de um ambiente no qual os cuidadores primários são frios e autoritários. Na infância, quando existe uma demanda além da capacidade real da criança, ela pode ter sentimentos de impotência e inutilidade que depois pode carregar ao longo dos anos.
Em ambientes assim, a criança pode desenvolver um fanatismo pela ordem e pelo perfeccionismo como tentativa de minimizar os erros e as cobranças. Soma-se a isso a incapacidade de tomar decisões com confiança.
Nota da CONTI outra:
Como dito no começo, existem feridas da infância que aumentam a probabilidade de sequelas emocionais na vida adulta. Entretanto, nada é regra e existem pessoas que desenvolvem mecanismos adaptativos e superam essas questões. Outras, entretanto, não se saem tão bem. Se você for uma delas, procure ajuda de um profissional da saúde mental. Nunca é tarde para rever questões mal resolvidas. O passado não muda, mas o futuro ainda é um livro em branco.
Traduzido e ADAPTADO por Josie Conti.
FONTE: CONTIOUTRA
http://www.contioutra.com/5-feridas-emocionais-da-infancia-que-podem-persistir-na-idade-adulta/


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A PEDOFILIA E O CONSUMISMO INFANTIL

No último mês, um triste episódio sobre abuso sexual infantil invadiu as mídias e nos fez parar para refletir sobre o olhar que a sociedade atual, adoecida e machista, tem para mulheres e meninas. Demorei a decidir se escreveria ou não sobre o ocorrido. A demora se deu, talvez, por um desejo de preservar um pouco mais a menina, ou simplesmente porque o tempo demorou a passar para a digestão do fato. 


Contudo, como mulher, mãe de menina e ativista pelos direitos da infância, não poderia me omitir. Poderia parecer uma aceitação tácita dos fatos, e eu não aceito os fatos. Não podemos mais fechar os olhos para a falta de valores e de limites da sociedade de consumo contemporânea – em que tudo, até as meninas, transformam-se em mercadoria.



A campanha #meuprimeiroassedio, mobilização contra a cultura do estupro criada pelo coletivo feminista, trouxe à tona pelas redes sociais duros relatos de milhares de mulheres, hoje já adultas, ainda marcadas pelos assédios e abusos sofridos desde a mais tenra idade, não só por desconhecidos, mas por homens bem próximos.

Não é novidade que estamos sendo assaltados pela cultura do estupro e da pedofilia. Basta lembrar que “novinha” é o termo mais usado na busca em sites de pornografia no Brasil. O mesmo acontece com “teen” em diversos países do mundo, demonstrando que acontecimentos como o do último mês, na estreia do programa Masterchef, são mais comuns do que gostaríamos de pensar. Outros dados mais antigos da WCF (World Childhood Foundation), mostram que no Brasil existem mais de 241 rotas de tráfico de crianças e adolescentes para fins de exploração sexual e 1.820 pontos de exploração sexual infantil nas rodovias federais. De acordo com o Disque 100, serviço que recebe e encaminha denúncias desse tipo de todo o Brasil, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em 2012 foram registradas 37.726 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes em todo o Brasil. Em 2013, esse número caiu para 31.895.


Seria talvez desnecessário relembrar que, segundo a lei, qualquer tipo de relação de natureza sexual com crianças é estupro e, portanto, crime. Uma criança, pela peculiar fase de desenvolvimento psíquico, cognitivo e emocional em que se encontra, não pode ter relação sexual consensual. Por ser criança é vulnerável, sem condições de tomar esse tipo de decisão. Sendo assim, que fique claro: sexo com menores de 14 anos é crime.


Ocorre que, em nossa cultura de consumo, a pedofilia ou estupro não são problemas isolados, de homens doentes. São também fruto do imaginário de uma sociedade que aceita a venda de sutiãs com bojo para meninas de 8 anos e investe milhões em publicidade de maquiagem para meninas de 6 anos, erotizando-as precocemente na tentativa de transformá-las em mulheres objeto, para vender.


Parece natural, hoje, crianças com milhões de seguidores em shows ou nas redes dançando funk com trejeitos sensuais e letras eróticas, como o caso da Mc Melody, ou meninas de 11 anos seminuas em ensaios fotográficos de moda – como apontei em artigo sobre o Caso Vogue Kids, levado ao Ministério Público e cuja decisão judicial tirou a revista de circulação nacional em menos de 48 horas. Outro dado igualmente importante é: 65% das meninas declararam usar o dinheiro da exploração sexual para comprar celular, tênis, roupa o que demonstra que a exploração sexual não se restringe a bolsões de pobreza e se manifesta de diversas formas, assim como o desejo de consumo não é despertado apenas naqueles investidos de poder aquisitivo segundo pesquisa da WCF.


Reforço o papel da cultura de consumo para afirmar, mais uma vez, que a culpa ou responsabilidade pelos abusos sofridos não é das meninas. Elas são vitimadas pelo assédio – não só de homens, mas de toda uma cultura que lucra com seu corpo. Vítimas de uma sociedade que não as protege – antes, só as expõe. É comum hoje vermos os fatos distorcidos em discursos tipo “as meninas já têm sexualidade de mulher adulta ou usam saias e shorts provocativos para atrair a atenção masculina”. Discurso esse que as responsabiliza pelo que sofreram e reforça a cultura do estupro, na qual o agressor torna-se vítima, e não autor de um crime que não poderia ficar impune.


Outro ponto que não pode ficar fora desse debate é a responsabilidade enorme que os pais têm, hoje, ao assumir o papel de educadores em tempos de apelo ao consumo em mídias e redes sociais, como já debati em artigos anteriores (aqui e aqui). Os velhos conselhos passados de mães para filhas – “não aceite balas de estranhos, siga em frente ao ouvir assobios na sua direção, nunca pegue carona” – caem por terra diante da complexidade das relações experimentadas na rede, onde crianças e adolescentes acessam, sem filtro, o mundo adulto e seus perigos.


A partir do momento em que burlamos o limite de idade para criar canais no Youtube ou contas no Instagram e Facebook para nossos filhos, estamos consentindo em abrir as portas para o desconhecido. Essa é nossa responsabilidade enquanto pais, além, é claro, de educar nossas meninas – e meninos também – para se proteger, não tolerar abusos e a denunciá-los quando acontecerem. Já mães e pais de meninos têm o dever de educá-los com outro olhar para o sexo oposto, mais empático, protetor e respeitoso.


Quando deformamos a imagem de uma criança, como no episódio de Valentina, estamos colocando em risco seus direitos. Em 20 de novembro comemora-se a Convenção dos Direitos das Crianças e Adolescentes da ONU, que não tem saído do papel. É tempo de olharmos para Valentina e tantas outras crianças como seres em formação que são sujeitos de direitos. Porque destituídas de direitos, são vítimas. Infelizmente, muitas vezes dentro de suas próprias casas, no convívio familiar ou ambiente escolar.


Façamos valer o artigo 227 da nossa Constituição Federal, que afirma ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Espero que minha menina possa ver florescer no Brasil uma cultura mais humana, feminina e respeitosa para ela e todas as meninas e meninos deste país.


Por Lais Fontenelle

Fonte: Outras Palavras

domingo, 8 de novembro de 2015

DEPRESSÃO INFANTIL: ELA EXISTE E ESTÁ AUMENTANDO EM TODO O MUNDO

A boa notícia é que a família tem papel fundamental para evitar que a doença se manifeste. Saiba mais sobre o assunto.



Um astronauta acaba de se deparar com a imensidão do espaço. Por algum motivo, suas amarras de proteção são desfeitas e ele não vê alternativas para voltar à nave, menos ainda para voltar à Terra. Ele agora está à deriva na imensidão do espaço. O quão desesperador isso lhe parece? Esta metáfora foi usada pelo psicólogo americano Douglas Riley para definir a sensação depressiva de uma criança. No livro The Depressed Child: A Parent’s Guide for Rescuing Kids (Criança Deprimida: um Guia para Pais Resgatarem os Filhos, em tradução livre), o especialista explica que pensamentos negativos, como “ninguém gosta de mim”, “sou inferior” e “a morte é a melhor saída” não são restritos aos adultos.

Pelo contrário, a depressão em crianças e adolescentes tem aumentado consideravelmente em todo o mundo, como mostram dados médicos recentemente divulgados. Um guia do National Institute for Health and Care Excellence (NICE), no Reino Unido, alertou: já são mais de 80 mil crianças da região diagnosticadas anualmente, 8 mil delas menores de 10 anos. Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que o transtorno depressivo é a principal causa de incapacidade de realização das tarefas do dia a dia entre jovens de 10 a 19 anos. No Brasil, não é diferente. Embora não haja dados estatísticos, estima-se que a incidência do distúrbio gire em torno de 1 a 3% da população entre 0 a 17 anos, o que significa, mais ou menos, 8 milhões de jovens.
O que está por trás dessa epidemia? 

Os transtornos mentais podem ser acionados por qualquer gatilho – leia-se, situação ou experiência frustrante que a criança tenha enfrentado -, como separação dos pais, morte de um parente, bullying na escola, abandono, abusos físicos ou psicológicos, mudanças bruscas e alterações no padrão de vida. No entanto, o estilo de vida que levamos pode favorecer a manifestação da doença, como explica Marco Antônio Bessa, psiquiatra do Hospital Pequeno Príncipe (PR): “Muitas crianças estão com a agenda lotada de compromissos, o que eleva o grau de estresse, dormem mais tarde, ficam fechadas em ambientes como apartamentos e shoppings, usam aparelhos eletrônicos excessivamente, sob risco de aumento de ansiedade e restrição do contato social, e convivem menos com seus pais”.
Há, ainda, um fator genético que exerce influência. A ciência já comprovou que, quando há episódios de depressão na família, a probabilidade de a criança desenvolver algum transtorno mental aumenta consideravelmente. Se as vítimas forem mãe ou pai, as chances podem ser até cinco vezes maiores. Além disso, um distúrbio psiquiátrico – os mais comuns em crianças são de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), de conduta e de ansiedade – pode abrir precedente para outro. Estudos conduzidos em 2012 pelo Hospital das Clínicas (SP) mostram que mais de 50% das crianças ansiosas experimentarão, pelo menos, um episódio de depressão ao longo da vida.
Não é só tristeza

O quadro depressivo de um adulto difere do de uma criança. Enquanto o adulto sofre com alteração de humor, falta de prazer em viver, de executar as tarefas, recolhimento, alterações de sono e de apetite, as crianças nem sempre dão sinais tão característicos. Como explica Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Unifesp, “é mais comum ela apresentar irritabilidade, agitação, explosões de raiva e agressividade, tristeza, sensação de culpa e de melancolia”. Não raro, a depressão é confundida com TDAH, por isso, é fundamental que se procure um profissional especializado. “Erros de diagnóstico e de tratamento podem mascarar os sintomas e até mesmo agravar o quadro”.
É claro que, assim como nós, a criança também não está imune à tristeza, a acordar sem vontade de se relacionar com as pessoas ou ao mau humor. O que se aconselha é tentar entender o contexto do seu filho, principalmente, observar a duração desses sentimentos (mais de um mês já é preocupante), a intensidade e de que maneira eles estão afetando a vida. “O pai que presta atenção em seu filho vai notar que algo mudou. Mesmo que ele não saiba exatamente o que é, já serve de sinal de alerta”, diz a especialista.

É possível evitar, sim

Assim como existem fatores facilitadores do transtorno depressivo, há outros que são protetores. Isso significa que o aparecimento da doença está intimamente ligado a uma equação de equilíbrio dessa balança. Mesmo que a criança tenha propensão genética e viva em um ambiente pouco favorável, ela pode não desenvolver o quadro e vice-versa.
Um bom funcionamento cognitivo, estabilidade e organização familiar, ambiente amoroso e ausência de fatos estressantes na vida da criança contribuem com a prevenção. Todos eles podem ser construídos e reforçados em casa, por você e por toda a família. Lembre-se: a criança que cresce com amor, carinho, que recebe atenção e proteção dos pais, dificilmente vai enfrentar problemas de comportamento ou desenvolvimento. E, ainda que os enfrente, serão mais facilmente superados.
(Autora: Andressa Basilio)
(Fonte: Revista Crescer)