Pergunta é do delegado que prendeu homem acusado de matar menina de 6
anos; pais precisam fica atentos.
Titular
da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), o delegado Kléber Granja se dividiu
entre duas fortes emoções na semana passada. Ficou abalado por ter encontrado o
corpo carbonizado da garotinha Vitória Graziela Fernandes de Lima, 6 anos, que
gostaria de achar viva para devolver à família.
Ao mesmo tempo, sentiu satisfação
por ter prendido e tirado das ruas um homem que considera perigoso, o assassino
confesso Renato Alexandre Cury Martinelli, 36. “Na minha opinião, ele
premeditou o crime. Matou intencionalmente”, disse o delegado na quinta-feira,
quando Renato ainda estava algemado num pátio da DIG ao lado da sala do
policial, prestes a ser levado para a cadeia de Barra Bonita.
A polícia ainda não pode revelar
detalhes, mas trabalha com a possibilidade de o acusado ser um pedófilo que se
aproximou da comunidade carente do Fortunato Rocha Lima e conquistou a
intimidade dos moradores locais.
A suposta tentativa de abuso
sexual contra outra criança do bairro é um dos indicadores. Ele dava doces para
as crianças e oferecia ajuda aos adultos. Algumas balas foram encontradas no
carro, quando os policiais já o tratavam como principal suspeito do crime.
Vitória foi levada por Renato na
última segunda-feira, nas proximidades de casa. Brincava na rua com outras crianças.
O corpo foi encontrado quarta-feira à noite, num matagal do Jardim Manchester.
O acusado bateu a cabeça dela três vezes numa torre de energia elétrica.
Depois, queimou a menina. Pela posição em que o corpo estava, em atitude de
defesa, com as mãos tentando proteger o rosto, é grande a possibilidade dela
ter sido queimada viva e ter percebido a extrema violência.
“Quantos Renatos estão por aí?
São muitos”, analisa o delegado. Em seguida, faz um alerta: pais e mães
precisam ter atenção redobrada com seus filhos, mesmo na convivência com
pessoas conhecidas. Não podem confiar tanto e deixar os pequenos soltos.
Especialistas costumam dizer que é comum o pedófilo ser uma pessoa que inspira
confiança e não parece ter o perfil de quem comete crueldade.
Ex-namorado da mãe da vítima,
Renato circulava no Fortunato Rocha Lima com seu Ômega azul e, na análise da
polícia, se infiltrou na comunidade, onde era conhecido. “Foi construindo a
intimidade e liberou os freios, o lado negro dele”, analisa o delegado. De cabeça
baixa antes de ser transferido para Barra Bonita, Renato disse ao BOM DIA que
está arrependido. O delegado não acredita. “Ele parece um homem que matou e
queimou uma criança?”, questionou diante da aparente calma do acusado.
Acusado teria traumas e até medo do escuro
Encontrado perto de um riacho e
coberto de lama, numa tentativa de se esconder da polícia, Renato Martinelli
demorou para confessar o crime, apesar das evidências. A polícia trabalhou com
a técnica de promover o cansaço físico e mental do acusado. Também levantou
informações sobre a vida dele enquanto o delegado tomava o depoimento, que só
terminou à noite, quando Renato confessou e mostrou onde estava o corpo de
Vitória.
O perfil levantado é de um homem
de 36 anos que não tinha trabalho fixo, fazia bicos, morava com os pais idosos
e conviveu durante anos com problemas de obesidade, que causavam baixa
autoestima. Renato chegou a pesar 160 quilos e emagreceu nos últimos quatro
anos ao tomar fortes medicamentos.
Também teria medo do escuro e traumas
por causa da dificuldade de conviver em relacionamentos amorosos com mulheres.
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