A pedofilia não é só um processo autor-vítima, mas é cada mais um
processo
Longe
vão os tempos em que a pedofilia era predominantemente incestuosa,
habitualmente entre pai e filha. Atualmente existem redes mafiosas espalhadas
por todo o mundo, altamente organizadas e lucrativas.
Com o
aparecimento da internet, desenvolveu-se uma nova forma de pedofilia destinada
a satisfazer uma clientela cada vez mais doentia, onde são utilizadas, para
fotografias e vídeos, crianças por vezes bebês em cenas cada vez mais
violentas, acabando freqüentemente por serem mortas.
A
explosão da pedofilia com a chegada da internet
Transnacional,
a Internet oferece aos pedófilos um sistema de comunicação extremamente eficaz.
À simples distância de um teclado de computador, os pedófilos têm a
possibilidade de oferecer e adquirir fotografias e vídeos nos cantos do mundo e
a possibilidade de contatar diretamente com crianças ou adolescentes. Este
negócio tornou-se tão rentável como o da droga ou o da venda de armas.
Estas rede de pedofilia são extremamente complexas e
coordenadas, necessitam (além das crianças) de atores pedófilos que aparecem
nas imagem como abusadores, de produtores dessas imagens, de agentes técnicos
que realizam a edição do material e de distribuidores desse material destinado
aos consumidores.
Em 2011
foi desmantelada a maior rede internacional de pornografia infantil na
internet: 670 suspeitos identificados, 184 presos, 230 crianças identificadas.
O fórum "boylover.net" tinha 70 000 membros que trocavam entre eles
fotografias e vídeos de pornografia infantil.Em 2007, em França, 132 pessoas
foram acusadas de possuir e divulgar imagens e vídeos de pornografia infantil a
10 000 membros, no total 1,4 milhões de fotografias e 27 000 vídeos. A França é
o segundo maior país europeu no consumo dessas imagens, logo atrás da Alemanha,
e o quinto a nível mundial.
Redes
complexas difíceis de penetrar
Os vídeos onde são violadas crianças são vendidos a um preço de
mais de 500 euros cada, alguns "especiais" podem atingir preços 20 ou
50 vezes mais elevados. Esse vídeos especiais são os chamados "snuff
movies", onde a violação e a tortura sexual acaba no assassinato da
criança.
A produção, mas sobretudo a distribuição deste material requer grandes
conhecimentos de informática e até de criptologia, por isso não será de
estranhar que sejam realizados sobretudo na América do Norte e no Norte da
Europa. O Japão também se tornou numa placa giratória de distribuição deste
material para o mundo inteiro. O Brasil e o México produzem material mais
artesanal destinado principalmente à América do Norte.
Os milhares de sites fornecedores de pornografia infantil são de difícil
acesso, não é qualquer pessoa que os consegue penetrar, passam por uma série de
pseudônimos, palavras-chave e linguagem codificada.
A admissão de um membro pressupõe o fornecimento, por parte deste, de um lote
de fotografias, essas imagens passam depois por uma série de servidores de
"cobertura", de spam enviados aos pedófilos que os direcionam para
sites "escondidos", além de que as moradas desses sites estão
constantemente a serem alteradas. As técnicas para escapar à filtragem desses
sites requer meios e custos avultados e estão nas mãos de autenticas máfias,
atualmente instaladas principalmente na Rússia.
Depois de vendida, uma fotografia passa a não valer nada, dado que é difundida
em larga escala e que claro não existe aqui um copy right. Então são
necessárias mais fotografias, e portanto mais crianças, esta necessidade de
novidade obriga a que os filmes seja cada vez mais violentos.
Uma
elite consumidora
O preço exorbitante que atingem certos filmes fazem-nos deduzir
que não estão ao alcance de qualquer bolsa. Os consumidores são habitualmente
pessoas com um grande poder de compra, são políticos, gente do show business,
magistrados ou donos de empresas.
Perante esta elite consumidora, compreendemos melhor porque é que a maioria das
redes desmanteladas chagam sempre às mesmas conclusões: acusação de um único
individuo que serve de bode expiatório, pressão sobre os país que querem
encontrar os seus filhos desaparecidos, desaparecimento e assassinato de
investigadores demasiado informados e muitas vezes encerramento dos processos
por falta de provas.
Uma
outra vertente menos falada da pedofilia é a utilização de crianças em rituais.
Sabemos que existem no mundo toda uma série de sociedades secretas e que
algumas praticam rituais mais ou menos satânicos, neles são muitas das vezes
utilizadas crianças de tenra idade. Frequentemente acabam com a execução da
criança.
Não raramente, os participantes e os rituais são filmados, mais tarde, esses
filmes poderão ser utilizados como forma de chantagem sobre os intervenientes
ou simples espectadores. Vários serviços de segurança, como a CIA, utilizam
esta técnica de chantagem e por consequência encobrem, quando não dinamizam,
várias redes de pedofilia.
Quando
turismo rima com sexo.
O
"turismo sexual" é, em certos aspectos, uma nova forma de
colonialismo e de pilhagem dos países pobres que fornecem mulheres e crianças
baratas aos homens dos países ricos. Os corpos são os novos territórios a
colonizar.
Calcula-se que existem, no mundo, mais de 150 000 adeptos do turismo sexual,
provenientes sobretudo dos Estados unidos, do Canada, da Europa, do Japão, da
Austrália e da China. Quase metade desses "turistas" deslocam-se
sozinhos e apenas uma pequena minoria o fazem integrados num verdadeiro
circuito de sexo organizado. São provenientes de todas as classes sociais.
Uma parte importante dessa prostituição é feita por menores, sendo que certa de
3 milhões de crianças são vítimas todos os anos deste tipo de exploração
sexual. É desta forma, que os bons pais de família europeus e americanos
compram, por um valor insignificante, raparigas e rapazes oriundo de bairros
pobres.
Nestes casos, as redes pedófilas deslocam as suas atividades de país para país
em função das políticas jurídicas mais ou menos repressivas no que diz respeito
repressão da pedofilia. O turismo sexual representa um comercio extremamente
lucrativo que atinge anualmente mais de 5 mil milhões de dólares a nível
mundial. Um dos problemas que impede a sua maior repressão é o facto de ser também
bastante benéfico em termos econômicos para os país onde existe, das agência de
viagens à hotelaria, todos ganham com o turismo sexual.
A adoção de leis mais rigorosas na Tailândia e nas Filipinas, deslocaram os
adeptos do turismo sexual para outros destinos como o Camboja e o Laos. Muitas
raparigas vietnamitas das regiões pobres do delta do Mekong são levadas para se
prostituírem no vizinho Camboja, onde são vendidas pelos proxenetas por 500
dólares.
Com os esforços de repressão realizados pelas autoridades Filipinas, a Índia
tornou-se um novo centro de turismo sexual, onde cerca de 100 000 crianças são
exploradas, principalmente na região de Goa.
Na América do Sul o Brasil e Cuba já são destinos clássicos, mas atualmente
surgiram novos países, entre eles, a Costa Rica e sobretudo a República
Dominicana onde 30% dos rapazes e das raparigas prostituídos têm entre 12 e 15
anos de idade.
Em África, o turismo sexual desenvolveu-se sobretudo nas zonas balneares de
Marrocos e da Mauritânia, por um lado, e por outro lado nas do Quênia e de
Madagáscar. Finalmente a Polônia e a Rússia atrai uma clientela vinda
principalmente dos países árabes.
Recentemente, apareceu uma nova clientela, desta vez feminina, que procura em
Cuba, Santo Domingo e alguns países africanos o turismo sexual masculino,
frequentemente menores. Este fenômeno revela a banalização da exploração sexual
e maneira como certas mulheres conseguiram chegar a um ponto em que usam dos
mesmos abusos que os homens.
FONTE: Octopus