segunda-feira, 7 de outubro de 2013

PESQUISA: ABUSO SEXUAL É O 2º MAIOR TIPO DE VIOLÊNCIA SOFRIDA POR CRIANÇAS


O abuso sexual é o segundo tipo de violência mais característica em crianças de até 9 anos, de acordo com pesquisa divulgada em 22/09/2013, pelo Ministério da Saúde. O levantamento indica que esse tipo de agressão fica atrás apenas das notificações de negligência e abandono.
Segundo dados, a maior parte das agressões ocorreu na residência da criança ou em local próximo.

Em 2011, foram registrados 14.625 casos de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra menores de 10 anos – 35% do total, enquanto a negligência e o abandono responderam por 36% dos registros.
Os dados revelam ainda que a violência sexual também ocupa o segundo lugar na faixa etária de 10 a 14 anos, com 10,5% das notificações, ficando atrás apenas da violência física (13,3%). Na faixa de 15 a 19 anos, esse tipo de agressão ocupa o terceiro lugar, com 5,2%, atrás da violência física (28,3%) e da psicológica (7,6%).

Os números apontam também que 22% do total de casos (3.253) envolveram menores de 1 ano e 77% foram registrados na faixa etária de 1 a 9 anos.

A maior parte das agressões ocorreu na residência da criança (64,5%). Em relação ao meio utilizado para agressão, a força corporal/espancamento foi o mais apontado (22,2%), atingindo mais meninos (23%) do que meninas (21,6%). Em 45,6% dos casos, o provável autor da violência era do sexo masculino. A maior parte dos agressores é alguém do convívio muito próximo da criança e do adolescente: o pai, algum parente ou ainda amigos e vizinhos.

De acordo com o ministério, o sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) possibilita conhecer a frequência e a gravidade das agressões e identificar casos de violência doméstica, sexual e outras formas (psicológica e negligência/abandono). Esse tipo de notificação se tornou obrigatória em todos os estabelecimentos de saúde do país no ano passado.
Os dados são coletados por meio da Ficha de Notificação/Investigação Individual de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências, que é registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Qualquer caso, suspeito ou confirmado, deve ser notificado pelos profissionais de saúde.


CONSELHO REGISTROU 147 CASOS DE ABUSOS SEXUAIS


Em Ponta Grossa foram registrados junto aos Conselhos Tutelares, 147 casos de violência sexual com crianças e adolescentes
Em Ponta Grossa foram registrados junto aos Conselhos Tutelares, 147 casos de violência sexual com crianças e adolescentes, os dados somam os casos dos conselhos leste e oeste. No ano passado o oeste atendeu 129 casos e o leste 95.
A presidente do Conselho Tutelar Leste, Camila De Bortoli, comenta que 80% dos casos são causados por pessoas próximas. “A maioria das crianças são abusados por pessoas próximas, que muitas vezes vivem dentro do lar, pelo convívio e a facilidade que os abusadores encontram”, explica Camila. Quando isso acontece, a criança é afastada do agressor, e passa a ser a acompanhado pelo Serviço de Enfrentamento à Violência ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (Sentinela). Quando o agressor é próximo, as conselheiras contam que os casos muitas vezes são identificados na escola. “Quando isso acontece, a escola identifica e encaminha para o conselho”, comenta Camila. Carolina Zelinski, também é conselheira e comenta que os casos que aconteceram no início da semana, onde duas crianças foram abusadas, uma quando um homem abordou uma menina de dez anos, quando ela voltava da escola na terça-feira. Na segunda, outro caso foi registrado, onde um adolescente de 13 anos abusou de uma criança de sete anos. “Isso que aconteceu no início da semana foram casos esporádicos, porque geralmente não é isso que acontece”, comenta Carolina. Segunda Camila, a maioria dos casos acontece com famílias mais humildes e a região que tem mais casos registrados é na Nova Rússia e Boa Vista.
Camila aponta uma dificuldade que ela percebe que as pessoas enfrentam quando se deparam com casos assim na família é a falta de informação. “Muitas vezes as pessoas não sabem quem elas devem procurar, não sabem a aonde ir, não conhecem o disque 100 e tudo isso dificulta”, relata. Ela diz que faltam projetos e ações voltadas para isso e para prevenção desses casos. “Isso existe no papel, mas não é colocado em prática, isso não é falado na escola, que é um local importante”, relata Camila. Outro fato apontado pelas conselheiras é o de não existir um atendimento especializado para essas crianças. “A criança precisa contar a história para a família, chega à polícia tem que repetir a mesma história, no hospital também e depois para a psicóloga, então no mínimo, ela irá repetir umas três vezes, e em todas elas terá seu direito violado”, relata Carolina. Carolina recorda que em 2010, foi criado um Centro de Referência para Pessoas Vítimas de Estupro e Agressão Sexual, mas segundo ela, não durou muito tempo. “Foi uma medida boa, mas que não durou muito tempo, a ideia era que todo atendimento fosse feito no mesmo lugar, mas já acabou, acho que não esperavam que a demanda fosse tão grande”, explica Carolina.
Quando os conselheiros identificam os casos, a criança é encaminhada para o hospital, os menores de 12 anos vão para o Hospital da Criança e os adolescentes vão para o Pronto Socorro. Camila aponta outra dificuldade em relação a isso. “Já tivemos casos de médicos que se recusaram a fazer atendimento, justificando que o deveria ser procurando um médico legista, mas aqui em Ponta Grossa, não temos um que faça plantão, então temos que fazer um boletim de ocorrência de recusa de atendimento”, comenta.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

NA ONU, ESPECIALISTAS DEBATEM MEIOS DE ACABAR COM ABUSO SEXUAL INFANTIL NA INTERNET


Especialistas jurídicos, de investigação e acadêmicos se reuniram na sede da ONU em Viena (Áustria) para encontrar formas de combater a exploração infantil online, que se tornou mais recorrente devido aos avanços tecnológicos.
“A exploração sexual de crianças não é um fenômeno novo, mas a era digital tem agravado o problema e deixado as crianças mais vulneráveis”, disse o diretor executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, durante o evento, que ocorreu na semana passada.
Embora os avanços nas tecnologias de informação e comunicação (TICs) não tenham necessariamente dado origem a novas formas de abuso infantil, eles têm, em alguns casos, mudado a natureza e dimensão da exploração.
Através da Internet, criminosos podem ter acesso às crianças mais rapidamente e em maior quantidade, utilizando salas de chat, e-mail, jogos online e sites de redes sociais para encontrar suas vítimas. O ciberespaço também aumentou significativamente a capacidade de criminosos para acessar materiais de abuso sexual infantil.
“Antes da Internet, a coleção de um predador sexual infantil de 150 imagens era considerada enorme, hoje, uma coleção de 150 mil imagens é comum. Uma coleção de 1,5 milhão de imagens não é impossível”, disse um psicólogo forense que trabalha com predadores sexuais infantis, Joe Sullivan.
Os especialistas concordam que uma educação e conscientização melhorada são essenciais para proteger as crianças, enfatizando que os pais devem se esforçar para superar a “distância digital geracional” e ter um grande interesse na tecnologia que eles dão aos seus filhos, os educando sobre o seu uso seguro e sobre as potenciais ramificações do comportamento online sem cuidados.
Embora atualmente não exista uma legislação consistente entre os países em relação ao abuso infantil online, Fedotov disse que a UNODC está em uma posição única para ajudar os países a lidar com esta questão a nível global.
“Podemos incentivar a cooperação eficaz entre os países nas investigações e apoiar os esforços globais de conscientização para educar pais e crianças sobre o uso seguro das TIC’s. Mas todos devem fazer sua parte – incluindo o setor privado, que é a principal força motriz por trás dessa evolução tecnológica”, disse.


sábado, 14 de setembro de 2013

DAWKINS NÃO VÊ PROBLEMA NA “LEVE PEDOFILIA”. EU VEJO SÉRIOS PROBLEMAS EM DAWKINS!


Já li alguns livros de Richard Dawkins e confesso ter gostado. Seu uso da ciência para atacar as crenças religiosas me encantou por algum tempo. Uma carta sua para a filha de dez anos, ao término de Capelão do Diabo, parece uma ode ao pensamento crítico e independente.
Mas quando vejo tanto seu ateísmo militante (e chato ou mesmo intolerante) e também seu crescente relativismo moral, chego a questionar se os conservadores religiosos não estão certos quando falam do “drama do humanismo secular”. Será que os valores se perdem por completo sem uma régua mais, digamos, eterna?

Não vou tentar responder isso aqui e agora, mas vou expor a última de Dawkins, que considero realmente assustadora. O cientista teria dito que a “leve pedofilia” não é algo tão condenável assim. Usou como exemplo seu próprio caso na infância, quando um professor teria o colocado no colo e depois metido as mãos dentro de seu short.
Segundo o biólogo, o professor teria feito isso com vários alunos, mas não acha que nenhum deles sofreu algum tipo de dano permanente. Tampouco acha que pode julgá-lo com base nos critérios e valores de hoje, já que isso ocorreu há décadas atrás.

Curiosamente, o cientista estaria aliviando para o lado de padres acusados de pedofilia. Mas é um religioso que vem atacar o absurdo disso. Peter Watt, diretor na National Society for the Prevention of Cruelty to Children, disse:

O Sr. Dawkins parece pensar que, porque um crime foi cometido há muito tempo, devemos julgá-lo de uma maneira diferente. Mas sabemos que as vítimas de abuso sexual sofrem os mesmos efeitos se foi há 50 anos atrás ou ontem.

Há “progressistas” tentando relativizar a pedofilia.  O jornal britânico de esquerda, The Guardian, publicou um artigo no começo de 2013 chamado Paedophilia: bringing dark desires to light, em que é tratada como algo quase normal.

O jornal deu espaço para Sarah Goode, da Universidade de Winchester, expor sua opinião de que um em cada cinco adultos são capazes, em certo grau, de ser sexualmente despertados por crianças. Trocas “voluntárias”, entre um adulto e uma adolescente, passarão a ser vistas como algo aceitável no mundo “moderninho”. Engov!

Voltando a Dawkins, ele diz sobre o professor de sua infância: “Não acho que ele causou em qualquer um de nós dano duradouro”. Ouso discordar.

Em tempo: Dawkins é especialista em biologia evolutiva, mas pedofilia jamais poderá ser vista como algum tipo de evolução. Na verdade, é um atraso que nos remete à barbárie do século VII, quando certo profeta resolveu se casar com uma menina de 9 anos apenas!

Nota: A repercussão da coisa toda foi tão grande que Dawkins veio se explicar, colocando sua fala dentro de um contexto diferente. Menos mal. Mas o alerta continua válido: o relativismo moral dos progressistas tem levado a bandeiras bizarras nos últimos anos.



sábado, 24 de agosto de 2013

DICAS PARA OS PAIS MOSTRAM COMO OS FILHOS PODEM USAR A INTERNET COM SEGURANÇA


A cena já é mais do que comum: seu filho em frente ao computador horas a fio e você nem sabe muito bem o que ele está fazendo. A internet, além de fonte de diversão para as crianças, também é cheia de perigos e gente mal-intencionada. Isso não significa que você deva proibir a navegação online, mas é preciso ficar atento a algumas boas práticas. Veja a seguir dicas para pais sobre o uso seguro da internet pelas crianças

Proibir não educa
Existem pais que acabam recorrendo à proibição do uso da internet como forma de evitar a exposição dos filhos aos perigos da rede. No entanto, é preciso lembrar que o acesso não fica restrito à sua casa: a criança vai ter contato com a internet na casa de um amigo, na escola, via smartphone, iPod... A Safernet, ONG de defesa dos direitos humanos na internet, lembra que diálogo e orientação ainda são as ''melhores tecnologias'' para proteger seus filhos 

Estabeleça um diálogo contínuo e aberto
A segurança na internet deve ser sempre passada às crianças como uma orientação e não como simples regra imposta, alerta a Safernet. Isso é importante para que seus filhos entendam que estão fazendo algo para o próprio bem e não por mera obrigação. O importante, quando se trata de educar pequenos internautas, é transmitir valores éticos, que se mantêm os mesmos na vida virtual e também na ?real? 

Deixe o computador à vista
Uma dica simples, mas que pode ajudar no monitoramento das atividades do seu filho na internet é manter o computador em um local onde todos convivam, como a sala, por exemplo. O objetivo aqui não é espionar o que a criança faz, mas estar por perto para orientá-la sempre que necessário 

Facebook e Orkut: só a partir dos 13 anos
Não é à toa que redes sociais possuem regras sobre a idade mínima para cadastramento. A restrição existe justamente para proteger as crianças de conteúdo inadequado à sua faixa etária. O Facebook, por exemplo, não permite cadastro de menores de 13 anos. O Orkut, para quem tem entre 13 e 18, exige uma declaração de que os pais autorizaram o uso do serviço

Use softwares de controle parental
Existem programas que ajudam a controlar buscas por determinados termos e regulam o acesso a sites na internet. São ferramentas que auxiliam o controle dos pais, mas vale lembrar que elas não devem substituir a orientação e o diálogo com as crianças. Afinal, você pode instalá-los no computador da sua casa. E fora dela? O acesso à internet também ocorre na casa do amigo, via smartphone, LAN house, iPod... Caso opte por utilizar esses softwares, lembre-se sempre de mantê-los atualizados

Crie uma pasta de sites legais para visitar
Os navegadores de internet permitem a criação de pastas com atalhos para sites. Aproveite para manter um local com endereços confiáveis que podem ser visitados pelas crianças por conta própria. Você encontra uma lista desses sites na página do Guia para Uso da Internet Responsável.

Limite o tempo diante do computador
Estabeleça junto com seu filho um tempo limite para que ele passe no computador, assim como fazem para o uso de outros eletrônicos, como o videogame e a TV

Cuidado vem antes da curiosidade
Cibercriminosos sempre se aproveitam da curiosidade dos internautas para aplicar golpes. Portanto, é interessante ensinar seu filho a ser cuidadoso em vez de curioso ao receber e-mails com links e anexos, mesmo que tenham sido enviados por amigos. Ao clicar, a criança pode instalar sem querer programas espiões ou vírus no computador

Dados pessoais não devem ser compartilhados
Ensine a criança a não compartilhar dados pessoais como nome completo, endereço, telefone ou logins e senhas de acesso a serviços online. Até mesmo fotos publicadas em sites de relacionamento podem ser usadas por criminosos para identificar informações como em que escola a criança estuda e o número da casa onde mora

Conheça os amigos online do seu filho
Muitos sites com jogos online, mesmo aqueles dedicados exclusivamente ao público infantil, mantêm redes sociais. É importante acompanhar quem são os amigos ''virtuais'' da criança e ensiná-la a não compartilhar dados pessoais e senhas 

Acredite: criança sabe (quase) tudo
Nunca subestime o conhecimento das crianças ou sua capacidade de descobrir coisas por conta própria na internet. Em vez de adotar uma postura autoritária ou presunçosa, mostre para seu filho que você também está disposto a aprender junto com ele. É nessa hora que você tem oportunidade de ensiná-lo a ser cuidadoso na internet 
Dê o exemplo
Se você ensina seu filho a não clicar em qualquer link, por que então não faz o mesmo? Ao manter um comportamento seguro online, você evita que um computador de uso compartilhado pela família fique exposto a pragas da internet, como programas espiões que roubam dados de login, senha e cadastros

Fique esperto!
Mantenha-se sempre informado: existem sites que trazem dicas específicas para pais, educadores e crianças. A Safernet mantém uma cartilha online que pode ser acessada no site da instituição. Outro guia bastante completo com dicas é o Guia para Uso da Internet Responsável.

*Com informações da AVG Technologies, Safernet e Guia para Uso da Internet Responsável 4.0 


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

RITUAL MACABRO



Flânio da Silva Macedo, 9 anos, foi encontrado decapitado e com sinais violência sexual, na localidade de São Domingos, município de Brejo da Madre de Deus, no agreste pernambucano, em julho de 2012.
Segundo as investigações, a criança foi atraída por um casal, que foi contratado por um místico para entregar uma criança para um ritual macabro. Antes de ser morto, ele foi amarrado e abusado.
Genival Rafael da Costa, 62 anos, e Maria Edleuza da Silva, 51 anos, confessaram a participação no crime. Eles contaram à polícia que foram contratados por uma pessoa para entregarem uma criança que seria utilizada para uma oferenda satânica. Pelo serviço, o casal receberia R$ 400.
Eles disseram que o menino foi amarrado, teve um pano colocado em volta do pescoço, que foi apertado como um torniquete. A pressão separou a cabeça do corpo.

VÍTIMAS DE MORTES BRUTAIS E PRECOCES


Entre 1980 e 2010, a taxa de crianças e adolescentes assassinadas no Brasil cresceu 346%, segundo o Mapa da Violência divulgado em 2012 pelo Instituto Sangari. Foram 176.044 mortes por homicídio em 30 anos.
Em 2010, os assassinatos foram responsáveis por 22,5% do total de óbitos entre 0 e 19 anos. Ao todo, no ano, foram 8.646 crianças assassinadas, o que corresponde a uma média de quase 24 mortes por dia.
As causas das mortes brutais e precoces são as mais variadas: violência doméstica, rituais satânicos, operações policiais frustradas, assaltos, vingança, tiroteios, entre outras.