O 19 de novembro, Dia Mundial de Prevenção ao Abuso e à
Violência contra Crianças e Adolescentes, trouxe à tona mais uma vez a
temática do cuidado e zelo com os menores. Neste ano, para lembrar a data e
fazer algo de concreto por crianças e adolescentes do mundo, cerca de 20 mil
instituições, organizações da sociedade civil, órgãos governamentais, meios de
comunicação e comunidades de base se uniram em uma campanha mundial.
Além de estimular
uma cultura de prevenção, a iniciativa promovida pela Campanha Mundial para a Prevenção do Abuso e da Violência contra
Crianças e Adolescentes, buscou promover a participação dos menores nas
iniciativas em favor de medidas contra a violência e o abuso. Os objetivos da
campanha 2011 também estão voltados a pressionar os governos a reagir frente à
violência contra esta parcela da população.
Abuso é definido
pela Campanha Mundial como
“qualquer forma de sofrimento infligido a uma criança (violência, violência
física, sexual ou psicológica) por uma pessoa que a tem sob custódia, que tem
autoridade sobre ela e em quem a criança deveria poder confiar”.
As formas de
violência acontecem em lugares de convívio como família, escola, sistema de
proteção e justiça, trabalho e comunidade.
Como conseqüência,
crianças e adolescentes passam a apresentar problemas de sociabilidade,
desenvolvem depressão, se tornam agressivos, vão mal nos estudos, abusam de
substâncias e apresentam problemas de relacionamento a dois.
Uma das ações da Campanha Mundial para
todo este ano foi a iniciativa “19 dias de ativismo”.
Foram listadas 19
formas de abuso e violência para que, conhecendo o problema, todos possam agir
de modo a prevenir: o castigo físico, o abuso sexual, o bullying, o abandono e a negligência, a
exploração laboral, o recrutamento de crianças e adolescentes como soldados, a
venda de menores de idade, o tráfico, a exploração sexual comercial, a
pornografia, o turismo sexual, as práticas culturais nocivas, entre outras
condutas nocivas e de vulneração dos direitos dos menores.
As ações de
prevenção precisam ser colocadas em prática, com urgência, em todo o mundo para
evitar que tenham continuidade os atos de violência sexual sofridos por 150milhões
de meninas e 73 milhões de meninos, segundo dados das Nações Unidas.Condutas
consideradas benéficas e corretivas, como o castigo corporal, também precisam
ser combatidas em muitos países onde a prática é cultural. Apenas em29 Estados
é proibida a violência em todas as suas manifestações.
As Nações Unidas
também revelam que 1,2 milhão de crianças e adolescentes são traficados
anualmente;entre 80 e 100 milhões de meninas são vítimas de práticas culturais
como violência de gênero, infanticídio, aborto seletivo, desnutrição e
abandono; e126 milhões de menores de idade são obrigados a trabalhar.
Para evitar estas
práticas e proporcionar a crianças e adolescentes uma vida livre de abusos e
violência, é preciso sensibilizar os Estados e a sociedade em geral, mas também
incidir com mais intensidade em grupos onde as condições de vida possam gerar
situações de abuso e violência, assim como trabalhar com famílias onde os
maus-tratos aos menores já foram uma realidade.
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