A sociedade deve se mobilizar para estimular o apadrinhamento afetivo como alternativa à adoção de crianças e adolescentes que vivem em abrigos, disse nesta segunda-feira o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP). A declaração foi feita na solenidade de lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Políticas de Adoção e da Convivência Familiar e Comunitária.
O apadrinhamento afetivo é um programa das varas da Infância e da Juventude por meio do qual meninos e meninas com dificuldade de serem adotados recebem padrinhos e/ou madrinhas, com os quais passam fins de semana, feriados e parte das férias. Dessa forma, constroem uma relação afetiva e uma referência de vida fora do abrigo. "Essa é uma grande alternativa, por exemplo, para crianças que têm irmãos. Pela legislação atual, você não pode adotar um irmão sem adotar os outros. Então, essas crianças têm uma dificuldade maior de serem adotadas. Você pode ter o acompanhamento dessas pessoas na entidade, no abrigo que elas estão. Tudo isso para que passem a ter referências", destacou Chalita, um dos idealizadores do colegiado.
De acordo com os integrantes da frente, existem hoje de 27 mil a 80 mil crianças em abrigos do País, mas apenas 4 mil delas constam do Cadastro Nacional de Adoção e estão, por isso, em condições legais de serem adotadas.
Informação
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que os parlamentares também pretendem visitar as diferentes regiões do País, levando informações sobre o processo de adoção, em especial para as mães que não têm condições de criar seus filhos. "Há uma ignorância muito grande no Brasil. É preciso que as mães mais humildes saibam que, se não tiverem condições para criar os filhos, elas podem oferecê-los a uma entidade, não os colocando em risco como acontece quase diariamente hoje. Cada vez mais vemos crianças abandonadas nas lixeiras, nas portas de casas”, sustentou.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que os parlamentares também pretendem visitar as diferentes regiões do País, levando informações sobre o processo de adoção, em especial para as mães que não têm condições de criar seus filhos. "Há uma ignorância muito grande no Brasil. É preciso que as mães mais humildes saibam que, se não tiverem condições para criar os filhos, elas podem oferecê-los a uma entidade, não os colocando em risco como acontece quase diariamente hoje. Cada vez mais vemos crianças abandonadas nas lixeiras, nas portas de casas”, sustentou.
Dificuldades
Fundadora do grupo "De volta pra Casa", que presta apoio a famílias candidatas à adoção, a empresária Sandra Amaral relatou o longo caminho pelo qual passou, em Divinópolis (MG), para conseguir adotar, dez anos atrás, a menina Stephanie. “Cheguei a ser tratada no fórum da cidade como se estivesse fazendo algo errado”, lembrou Sandra, que já era mãe de dois filhos biológicos.
Fundadora do grupo "De volta pra Casa", que presta apoio a famílias candidatas à adoção, a empresária Sandra Amaral relatou o longo caminho pelo qual passou, em Divinópolis (MG), para conseguir adotar, dez anos atrás, a menina Stephanie. “Cheguei a ser tratada no fórum da cidade como se estivesse fazendo algo errado”, lembrou Sandra, que já era mãe de dois filhos biológicos.
Na opinião da empresária, o processo de adoção no País é muito lento e a falta de informações ainda é um grande problema, apesar dos avanços obtidos com a Lei da Adoção (12.010/09).
Reportagem – Idhelene Macedo/Rádio Câmara
Edição – Marcelo Oliveira
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