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Os Conselhos Tutelar e dos Direitos são instituições de extrema importância para a promoção, defesa e garantia dos direitos da criança e do adolescente. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cada município brasileiro deve ter ao menos um Conselho Tutelar, composto por cinco conselheiros, que devem dialogar com sociedade, Ministério Público, família e as mais diversas áreas do governo municipal (educação, saúde, alimentação, cultura etc) a fim de zelar pelos direitos de crianças e adolescentes. Já o Conselho dos Direitos deve existir nas instâncias municipal, estadual e nacional, fazendo parte do Poder Executivo. Possui como objetivo construir novas relações entre governo e cidadão, para a corresponsabilidade na contrução de políticas públicas adequadas às reais necessidades de cada comunidade.Confira, a seguir, o conteúdo especial sobre o funcionamento e a importância dessas instituições:
PROPOSTA DE PROJETO DE LEI PREVÊ PADRONIZAÇÃO EM
ASPECTOS DOS CONSELHOS TUTELARES
O Conselho Tutelar (ou CT) é uma instituição de
extrema importância para a luta pela garantia dos direitos infantojuvenis.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, cada município brasileiro deve
ter ao menos um Conselho Tutelar, composto por cinco conselheiros, que devem
dialogar com sociedade, Ministério Público, família e as mais diversas áreas do
governo municipal (educação, saúde, alimentação, cultura etc) a fim de zelar
pelos direitos de crianças e adolescentes. Dados da Pesquisa de Informações
Básicas Municipais, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas),
apontam que, em 2009, 98,3% dos municípios brasileiros já possuíam Conselhos
Tutelares.
A escolha desses representantes deve ser feita de
forma democrática, por meio de eleições a cada três anos, com a participação de
todos os cidadãos que tenham interesse em melhorar o Sistema de Garantia dos
Direitos de Crianças e Adolescentes. Para se candidatar é necessário ter no
mínimo 21 anos e, para votar, basta ser eleitor no município, ou seja, ter 16
anos ou mais e portar Título de Eleitor registrado na cidade. Cada município
tem uma data de eleição, definida pelo Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente – a de São Paulo, por exemplo, está programada para o
próximo dia 16 de outubro.
PROJETO DE LEI
“O Conanda publicou, em março do ano passado, a
Resolução nº 139, que aborda os parâmetros para a criação e funcionamento dos
conselhos. Mas a Resolução não tem a força necessária para que suas diretrizes
sejam obrigatoriamente seguidas e colocadas nas leis municipais. O projeto de
lei serve para isso, para garantir a criação e o funcionamento correto do
conselho”, conta Fabio Feitosa da Silva, ex-presidente do Conanda, analista
social do Instituto Marista de Assistência Social e membro da comissão da 9ª
Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
A principal questão da proposta é a mudança no
sistema eleitoral dos CTs. “Propusemos que o mandato dos conselheiros passasse
de 3 para 4 anos e que as eleições ocorressem simultaneamente em todos os
municípios, no segundo domingo de outubro”, afirma Glicia de Miranda,
representante do Conselho Federal da OAB no Conanda e integrante da Comissão de
Direitos Humanos e Ação Parlamentar. Deste modo, os gastos dos Conselhos
Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente com as eleições seriam
minimizados, uma vez que a estrutura das eleições oficiais poderia ser
utilizada.
REMUNERAÇÃO
Fábio Feitosa acredita que essa questão é um grande
desafio. “Mas a lei precisa garantir um piso mínimo para o salário do
conselheiro tutelar. Uma ideia do projeto de lei é equiparar o conselheiro a um
servidor público, para que esse piso seja respeitado”.
CAPACITAÇÃO
AUTONOMIA
Mas para que os CTs funcionem de acordo com o ECA,
toda a sociedade deve entender suas atribuições. O conselho atua na prevenção
dos direitos infantojuvenis ou a partir de uma violação, não tendo como ofício
a punição ou educação de crianças e adolescentes. No entanto, muitas pessoas
ainda não entendem isso. Segundo Fábio, “isso acontece porque o ECA, apesar de
já ter 21 anos, ainda não é debatido no ambiente escolar. A única maneira de
melhorar o atendimento infantojuvenil é divulgando o Estatuto, de preferência
nas escolas e na mídia”.
GESTÃO
CONHECENDO A REALIDADE
A Fundação Instituto de Administração, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), está promovendo a segunda edição da pesquisa nacional Conhecendo a Realidade. A gestão executiva do projeto é do Ceats (Centro de Empreendedorismo Social e Administração do Terceiro Setor). Participe! Caso você saiba de algum Conselho que não tenha recebido o questionário, entre em contato com a equipe de realização da pesquisa pelo telefone (11) 4115-1756 ou pelo e mail
conhecendoarealidade@fia.com.br.
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