terça-feira, 20 de setembro de 2011

POLÍCIA INVESTIGA ESTUPROS EM RECREIOS ALUCINÓGENOS' NO RIO


A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma investigação sobre a participação de crianças e adolescentes no "recreio alucinógeno" na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Segundo reportagem do jornal O Dia, os jovens faziam rotineiras confraternizações com álcool e entorpecentes no parque de São Cristóvão, zona norte da capital.

A adolescente Z., 13 anos, afirmou ter sido atraída para o evento há cerca de um mês. Ela faltou à aula, foi embebedada, possivelmente drogada com o golpe conhecido como 'Boa noite, Cinderela', e sofreu violência sexual. Depois de ela ser socorrida em um hospital, a mãe de Z. procurou a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), que instaurou inquérito para apurar o caso.


As investigações da DCAV apontaram para um terreno baldio, próximo à Quinta, que seria usado para os casos de abuso sexual. A estratégia dos estupradores seria para fugir da visão dos 12 guardas municipais e PMs que fazem rondas pelo local.

A delegada Alice Ferreira Vila da Cunha pediu informações aos hospitais municipais Souza Aguiar (Centro) e Salgado Filho (Méier) sobre atendimentos de adolescentes. "Quero saber de todos que foram socorridos alcoolizados ou com indícios de uso de drogas nas noites e madrugadas de sextas, sábados, domingos e segundas-feiras", explicou.
Por volta das 18h de uma das três sextas-feiras em que a reportagem esteve no parque, o menor R., 13 anos, uniformizado e com mochila da escola, contou que estava desde às 11h bebendo e brincando com os colegas de turma.

"Minha mãe pensa que eu estou na escola", admitiu. Outra adolescente de 15 anos disse que, para ela e os colegas, é comum faltar aula para se divertir na Quinta. "As aulas de sexta são de matérias fáceis."

Mesmo com muitos adolescentes admitindo que matam aula na Quinta, a Secretaria Municipal de Educação (SME), responsável por nove escolas vizinhas ao parque, informou que os colégios estão com os quadros de frequência normais.

A Secretaria de Estado de Educação, que responde por pelo menos por duas unidade próximas, disse, também por nota, que "a frequência dos alunos é normal às sextas-feiras". O órgão argumentou ainda que os colégios promovem reuniões periódicas com os responsáveis, quando é reforçada a importância da frequência.


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