A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma investigação sobre a participação de crianças e adolescentes no "recreio alucinógeno" na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Segundo reportagem do jornal O Dia, os jovens faziam rotineiras confraternizações com álcool e entorpecentes no parque de São Cristóvão, zona norte da capital.
A adolescente Z., 13 anos, afirmou ter sido atraída para o evento há cerca de um mês. Ela faltou à aula, foi embebedada, possivelmente drogada com o golpe conhecido como 'Boa noite, Cinderela', e sofreu violência sexual. Depois de ela ser socorrida em um hospital, a mãe de Z. procurou a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), que instaurou inquérito para apurar o caso.
As investigações da DCAV apontaram para um terreno baldio, próximo à Quinta, que seria usado para os casos de abuso sexual. A estratégia dos estupradores seria para fugir da visão dos 12 guardas municipais e PMs que fazem rondas pelo local.
A delegada Alice Ferreira Vila da Cunha pediu informações aos hospitais municipais Souza Aguiar (Centro) e Salgado Filho (Méier) sobre atendimentos de adolescentes. "Quero saber de todos que foram socorridos alcoolizados ou com indícios de uso de drogas nas noites e madrugadas de sextas, sábados, domingos e segundas-feiras", explicou.
Por volta das 18h de uma das três sextas-feiras em que a reportagem esteve no parque, o menor R., 13 anos, uniformizado e com mochila da escola, contou que estava desde às 11h bebendo e brincando com os colegas de turma.
"Minha mãe pensa que eu estou na escola", admitiu. Outra adolescente de 15 anos disse que, para ela e os colegas, é comum faltar aula para se divertir na Quinta. "As aulas de sexta são de matérias fáceis."
"Minha mãe pensa que eu estou na escola", admitiu. Outra adolescente de 15 anos disse que, para ela e os colegas, é comum faltar aula para se divertir na Quinta. "As aulas de sexta são de matérias fáceis."
Mesmo com muitos adolescentes admitindo que matam aula na Quinta, a Secretaria Municipal de Educação (SME), responsável por nove escolas vizinhas ao parque, informou que os colégios estão com os quadros de frequência normais.
A Secretaria de Estado de Educação, que responde por pelo menos por duas unidade próximas, disse, também por nota, que "a frequência dos alunos é normal às sextas-feiras". O órgão argumentou ainda que os colégios promovem reuniões periódicas com os responsáveis, quando é reforçada a importância da frequência.
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5359619-EI5030,00-Policia+investiga+estupros+em+recreios+alucinogenos+no+Rio.html
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